sexta-feira, 3 de agosto de 2012

1 368 - De Carmona, até Luanda e ao Grafanil, há 37 anos...

GRAFANIL. Entrada do Campo Militar, em 1974 (foto de Jorge Oliveira). 
Aqui chegámos a 3 de Agosto de 1975, jum domingo, hoje de completam 37anos


A 3 de Agosto de 1975, voámos de Carmona para Luanda e do aeroporto para o campo militar do Grafanil, onde  nos esperavam instalações imundas, até aí ocupadas pela guarnição do Batalhão de Intendência de Angola - o BIA. Abandonadas, sujas, sem condições mínimas de higiene... 
Chegámos lá por volta do meio dia e, quanto a almoço, cada qual que se desenrascasse. E houve ordem para, «despejando» as nossas coisas ao cuidado de já não sei quem, se poder ir para a cidade. Avisado, o Neto providenciara um mini-Honda da FRAL (fábrica do pai que se instalava em Viana), que tinha escritório na Alameda D. João II, e acabámos (nós e outros furriéis) por, já ao princípio da tarde, irmos comer à messe de sargentos, na Avenida dos Combatentes.
Foi primeira vez que comi em self-service, serviço que era grande novidade para mim e (quase) todos. E novidade foi também o ar de espanto com que éramos olhados  pelos militares (furriéis e sargentos) que por lá estavam. Como se fossemos bichos. Éramos «os homens do cavaleiro branco, os gajos de Carmona...» e fomos inquiridos, apontados e «acusados», em tão confrangedora situação que o Mosteias, se ia exaltando com os punhos, para pôr em ordem alguns dos residentes.
Almoçados, voltámos ao Grafanil e o Neto levou-nos  Viana, logo à frente, na estrada de Catete - onde a FRAL se construía - e encontrámos um conterrâneo aguedense, o Gilberto. E, sorte nossa - do Meto, minha e do Monteiro, fomos viver para a casa de outro conterrâneo (Manuel Cruz), então regressado já a Portugal e que a tinha deixado ao cuidado do Gilberto. Por lá ficámos até 7 de Setembro de 1975.

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