domingo, 26 de outubro de 2014

2 917 - Armamento das milícias e ameaças da FNLA


Cavaleiros do Norte de Santa Isabel, da 3ª. CCAV. 8423, com milícias (?) armadas 
da sua ZA. Reconheço o furriel Agostinho Belo (terceiro a contar da direita, de pé) e 
o 1º. cabo FernandoSimões (o primeiro da direita, de pé. Na foto de baixo, o Freire 
e o Oliveira, de Aldeia Viçosa (2ª. CCAV. 8423)


A 26 de Outubro de 1974, há 40 anos e no Quitexe, realizou-se «uma reunião com todos os regedores, aos quais foi feito ver a necessidade de entregarem o armamento das milícias".
O desarmamento não tinha sido bem aceite pelos povos, começara no dia 21 (uma semana antes), e os das áreas do Quitexe e de Aldeia Voçosa, principalmente, temiam que a sua defesa ficava fragilizada, face ao que o Livro da Unidade chama «defesa às acções de depradação e exigência do IN» - que, na área, era a FNLA (mas qualquer outro poderia ser).
O desarmamento «veio a suceder, voluntariamente, a partir de 28 de Outubro», memoria o Livro da Unidade.
A 26 de Outubro de 1975, cada vez mais próximo o dia da independência, Angola continuava a ferro e fogo. A 9ª. Brigada do MPLA, nesse dia, travou o avanço do FNLA, no Morro da Cal, a 20 quilómetros de Quifangondo, para norte. Holden Roberto, por carta, queixou-se que as FA Portuguesas «vigia(va)m sistematicamente as posições da FNLA» naquela área e informou que, a partir desse dia, «qualquer avião que sobrevoasse seria inapelavelmente abatido». 
Leonel Cardoso, o Alto Comissário, rejeitou a acusação e, por não aceitar o ultimato da FNLA, mandou-lhe recado, para o caso de algum aeronave portuguesa ser alvejada: «sujeita-se o ELNA às consequências».

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