segunda-feira, 24 de novembro de 2014

2 947 - Ofensiva das FAPLA, há 39 anos, para reconquistar o Quitexe


Parada do Quitexe, zona de oficinas, casernas, refeitório e balneários. Não é difícil 
deduzir que, há 39 anos, aqui se terão registado combates. Em baixo, a porta d´armas, 
à direita e edifício do comando dos Cavaleiros do Norte, vendo-se a porta d´armas




 Aos 25 dias de Novembro de 1975, os Cavaleiros do Norte, já em Portugal,  continuavam a assentar arrais nos seus espaços sociais e de trabalho, depois de missão cumprida, e, pelo norte de Angola, o «nosso»  Quitexe era alvo de uma ofensiva das FAPLA. A imprensa do dia dava conta que "esta ofensiva regista ainda avanços das Forças Populares rumo a Pambos e Camabatela".
Forças Populares, entenda-se, eram as do MPLA. Pamboa, nome que não lembro, poderá ser Pumbassai - que fica(va) mesmo nas barbas da vila quitexana, por onde fizemos a nossa jornada angolana de África. Camabatela, era  a vila mesmo ao lado - para onde se ia pela picada/estrada do cemitério. 
O Diário de Lisboa desse dia, que cito, anunciava que «na frente norte, os invasores zairenses e portugueses, enquadrados nas hostes da FNLA, foram forçados a retirar muito para norte dos Quifandongo, tendo as FAPLA reconquistado Úcua, Piri e Quibaxe».
Úcua, Piri e Quibaxe, como os Cavaleiros do Notte bem se lembram destas localidades!!!,  por onde patrulharam e bebericaram, sentindo-lhe o calor e o feitiço e as magias de África.
A frente norte caracterizava-se, ainda segundo o Diário de Lisboa, "por uma contra-ofensiva inimiga na área de Samba Cajú" e pela já referida «ofensiva das FAPLA contra o Quitexe» - a vila-mártir de 1961, agora de novo jorrada de sangue a enlamear o pó vermelho da terra uíjana.
Mais a sul, Novo Redondo foi retomada pela MPLA, já governo de Angola desde 11 de Novembro. E as forças populares estavam «empenhadas em combates mais para sul, com a finalidade de libertarem o Lobito, Moçâmedes e Benguela». A leste, lá mais para os nossos lados uíjanos, Malanje não caía e prosseguiam os combates, a 30 quilómetros da cidade. Porém, referia o MPLA, "a situação continua sob controlo das FAPLA".


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