sábado, 20 de junho de 2015

3 166 - A morte do comandante Carlos Almeida e Brito

Almeida e Brito em Penafiel, a 27 de Setembro de 1997 - no seu último 
encontro com a CCS dos Cavaleiros do Norte. Em baixo, 
na sua última foto oficial



O comandante Almeida e Brito faleceu há 12 anos, a 20 de Junho de 2003, no decorrer de um passeio turístico a Espanha. Tinha 76 anos, estava aposentado e tinha atingido a patente de general.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito era tenente coronel de cavalaria, ao tempo que comandou o Batalhão de Cavalaria 8423 - os Cavaleiros do Norte. Entre Dezembro de 1973 e Setembro de 1975. No Quitexe, tinha sido oficial adjunto e de operações antes da nossa chegada, no Batalhão de Cavalaria 1917, em 1968.
Após a jornada angolana do Uíge, comandou o Regimento de Lanceiros 2, em Lisboa, e, depois, foi 2º. comandante do Região Militar Centro, em Coimbra - onde várias vezes me encontrei com ele. Era comandante o general Pires Tavares, conterrâneo de Águeda. Seguidamente, comandou a Região  Militar Sul, em Évora, e foi 2º. comandante geral da GNR. Outros cargos terá assumido, que desconheço - ou já se varreram da memória. Pires Tavares dele tinha opinião altíssimamente positiva: «Foi um grande militar. Foi eu quem o escolheu para 2º. comandante da Região Militar Centro, quando lá estive. Sempre o quis comigo».
Hoje aqui o evocamos, com saudade, fazendo memória de um grande comandante. RIP!
Há 40 anos, dia 20 de Junho de 1975, os Cavaleiros do Norte de Almeida e Brito continuavam em Carmona e os três movimentos de libertação de Angola no Quénia, em Cimeira. Um dos temas analisados foi precisamente a situação militar no norte angolano . onde estávamos, apontando para o «restabelecimento do equilíbrio militar». O MPLA, recordemos, tinha saído da zona uíjana, expulso pela FNLA na primeira semana de Junho,
Título do Diário de Lisboa de
20 de Junho de 1975
A cimeira abordou a questão da unificação das tropas dos três movimentos, o que implicava a redução de efectivos militares de cada um: para 8000 soldados, cada. O MPLA e FNLA teriam, cada qual, mais de 8000, mas a UNITA ficava-se pelos 5000. Uma questão para resolver. Resolvida foi a questão do comando unificado do exército. mas nada disso, como hoje sabemos, viria a acontecer.

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