sábado, 9 de julho de 2016

3 452 - Acções e operações na ZA, o fim da «Castiço DIG»

O PELREC, antes de partir para mais uma operação, em 1974 e no Quitexe: 1º. cabo Almeida (falecido a
28/02/2009, de doença a em Penamacor), Messejana (falecido a 27/11(2009, de doença e em Lisboa), Neves,
1º. cabo Fernando Soares, que amanha faz 64 anos, no Laranjeiro, em Almada), Florêncio, António, Marcos,
1º. cabo Pinto. Caixarias e 1º. cabo Florido (enfermeiro). Em baixo, 1º. cabo Vicente (falecido a 21/01/1997,
de doença e em Vila Moreira, Alcanede). furriel miliciano Viegas, Francisco. Leal (falecido em Pombal, a
08/06/2007, de doença súbita). 1ºs. cabos Oliveira (transmissões) e Hipólito, Aurélio (barbeiro),
Madaleno e furriel miliciano Francisco Neto

Cavaleiros do Norte no Quitexe, há (quase) 42 anos,
todos furriéis milicianos: António Fernandes e
Graciano Silva, combatente da FNLA e Francisco Neto.
Em baixo, Nelson Rocha, José Querido e João Cardoso

A operação «Castiço DIG» terminou em Julho de 1974 (começada à 4 horas de 20 de Junho), algures por estes dias de há 42 anos. Poucas anotações há sobre o seu desenvolvimento, mas o Livro da Unidade, dando conta do seu final (sem o datar), diz que «completou-se (...), a qual teve novo contacto com o IN na Central do Negage, novamente sem  consequências». Acrescenta, para terminar, que «desenvolveu-se elevado número de acções e operações em toda a ZA, mas nomeadamente sobre Mungage, Negage, Aldeia e Tabi»
Saudades: a avenida do Quitexe! À
esquerda, o edifício do Comando
Um ano depois, Julho de 1975 e pela Carmona onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte (agora já ali todos aquartelados), acautelava-se «a liberdade de acção na ZA» - um espaço territorial que era «um mar da FNLA», nomeadamente depois da expulsão do MPLA, nos primeiros dias de Junho anterior - e também se fizeram diligências no sentido de «encontrar uma opção para os dias futuros» do Batalhão de Cavalaria 8423. Diligências obviamente assumidas pelo comandante Almeida e Brito.
A 9 de Julho de 1975, Jonas Savimbi, presidente da UNITA e falando em Luanda, acusou Vasco Vieira de Almeida (o ministro português da Economia no Governo de Transição de Angola), «intimando-o a regressar a Portugal para resolver os problemas do sue próprio país». O ministro teria considerado incompetentes três membros angolanos do gabinete governamental.
A considerada «violenta crítica» contra Vasco Vieira de Almeida, seguira-se a notícias segundo as quais o ministro teria, e citamos o Diário de Lisboa de 9 de Julho de 1975, uma quarta-feira de há 41 anos, enviado «uma carta a três ministros, acusando-os de actos bárbaros e culpando-os do que classificou  como o colapso das estruturas sociais e económica do país» - de Angola.
Jonas Savimbi refutou as acusações de incompetência dos ministros (os tais três, cujo nome não é referido) e, mais que isso, muito menos que a referida incompetência  tivesse «paralisado o Governo». Concluiu a acusação, sublinhando que Vasco Vieira de Almeida «cometera um abuso».


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