sábado, 14 de janeiro de 2017

3 641 - Os primeiros acordos da Cimeira, a expectativa dos Cavaleiros do Norte!

Parada do Quitexe. De pé, 1º.s cabos Soares, Oliveira e Pais, furriel Rocha, 1º. cabo Estrela (de braço
 no ombro, amanhã faz 65 anos), Silva, alferes Hermida (de bigode), Zambujo (idem), furriel Pires (de
 braços cruzados), Felicíssimo (1ª. CCAV., de Zalala), 1º. cabo Mendes, Soares, 1º. cabo Pires (o Fecho-
-eclair, de mão no queixo) e Wilson. Em baixo, Jorge Silva (3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel), Costa,
1º. cabo Salgueiro (?), furriel Cruz e 1º. cabo Tomás

O Presidente Costa Gomes no Alvor. À frente e
 sentados: Almeida Santos, Rosa Coutinho, Costa
 Gomes e Melo Antunes

Dias de Janeiro de 1975 e da Cimeira do Alvor. A 14, uma terça-feira, ficou a saber-se que o Governo de Transição de Angola seria formado até ao dia 31. E que o acordo entre Portugal e os três movimentos de libertação seria assinado no dia seguinte, às 20 horas.
Que boas notícias chegaram ao Quitexe, a Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange, terras uíjanas de Angola por onde  jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV.. 8523!!! 
Capa do Diário de Lisboa de 14/01/1975
«Pode dizer-se que o acordo está praticamente concluído, tendo voltado as quatro delegações a reunir esta manhã, para ultimarem a redacção dos últimos pontos do protocolo, os quais. segundo algumas fontes, se referem à atribuição das pastas ministeriais», reportava o Diário de Lisboa de 14 de Janeiro de 1975, que citamos.

Governo de Transição
e Forças Armadas

A constituição do Governo de Transição tinha avançado para uma formação diferente das até aí propostas e discutidas: «Compreenderá três vice-primeiros ministros, um por cada movimento, além do Alto-Comissário, de nomeação Portuguesa». E este não seria Rosa Coutinho, mas antes o brigadeiro Silva Cardoso. Admitia-se, há 42 anos, que os vice-1º.s ministros fossem Lúcio Lara (indicado pelo MPLA), Johny Eduardo (da FNLA e sobrinho do presidente Holden Roberto) e António Vakulukuta (da UNITA). Portugal teria (expectava-se) as pastas ministeriais da Economia e da Informação, enquanto cada um dos três movimentos teriam cinco ministérios.
O futuro Exército teria 36 000 homens: 18 000 de Portugal e 6 000 de cada movimento. Os portugueses, porém, iriam gradualmente abandonando Angola até à data de independência: 11 de Novembro de 1975. O Alto-Comissário Português acumularia com o Comando-Chefe das Forças Armadas, «não sendo de excluir a formação de comissões militares mistas, a exemplo do que tinha acontecido em Moçambique».
O Estrela e a sua «mais-que-tudo», em, 2016, no
Encontro de Custóias. Com o Teixeira, o estofador


Estrela de 23 anos
em terras do Quitexe

A 15 de Janeiro de 1975, há já distantes 42 anos e numa quarta-feira de muito calor e farta saudade, um Estrela alentejano das terras de Campo Maior «amadureceu» e mais brilhou por terras do Uíge, no Quitexe angolano - festejando 24 verdes e viçosos anos!
O Estrela em Luanda,
em Agosto de 1975
João Francisco Lavadinho Estrela, 1º. cabo operador-cripto da CCS do BCAV. 8423, dele falamos, foi Cavaleiro do Norte por todos os 15 meses da jornada africana e nesse dia de amanhã se fazem 42 anos, «fez» ele 23 - certamente bem regados com a apetecida cerveja angolana.
Concluída a missão que nos levou a terras de Angola, a 8 de Setembro de 1975 voltou a Portugal e a Lisboa, à Rua dos Amenos, em Benfica - onde então tinha residência e se adaptou, como todos, ao país novo que viemos encontrar. Actualmente, com uma vida profissional bem cheia, é consultor imobiliário da Remax-Prime da Amadora e nesta cidade vive, onde amanhã, sexyyyygenário!!!! e aos felizes 15 dias de Janeiro de 2017, erguerá a taça para comemorar a bonita e bem vivida idade sénior dos 66 anos. Parabéns! 

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