sábado, 2 de setembro de 2017

3 872 - A chegada da Companhia do Liberato, a revolta de Setembro de 1974!

 Caçadores da 209/RI 21, que há 43 anos chegaram à Fazenda do Liberato:
NN, furriel miliciano José Oliveira e capitão Victor Almeida e esposa. Em
baixo, quem será? Foram companheiros dos Cavaleiros do Norte


O condutor Nogueira da Costa e o furriel José Oliveira,
ambos da CCAÇ. 209/RI 21, do Liberato, ladeando o
furriel Viegas, da CCS. Em 2012, em Águeda

A CCAÇ. 209/RI 21 chegou à Fazenda do Libertato a 2 de Setembro de 1973, hoje se fazem 44 anos. Era comandada pelo capitão  miliciano Victor e estava na dependência do BCAÇ. 4211, que antecedeu o BCAV. 8423, os Cavaleiros do Norte do Quitexe. Lá esteve até 8 de Novembro de 1974.
A CCAÇ. 209 era essencialmente for-
mada por militares angolanos, com 
Monumento aos combatentes mortos,
na fazenda do Liberato (Uíge)
quadros europeus. Era o caso do capitão Victor, algarvio (casado com uma senhora holandesa) e do furriel Oliveira, vagomestre e natural do Caramulo, companheiro do blogger na Escola Industrial e Comercial de Águeda. É ele quem nos recorda as «promoções rápidas» de Vitor Corrêa de Almeida, de alferes a tenente e de tenente a capitão, sempre miliciano.
Algumas notas sobre alguns dos quadros da CCAÇ. 209, do Regimento de Infantaria 21, de Nova Lisboa:
- VICTOR. Victor Corrêa de Almeida, capitão miliciano e comandante da Com-
panhia na altura dos Cavaleiros do Norte. Era algarvio e muito popular por cantar num grupo musical. Era casado com uma senhora holandesa (ver foto) e substituiu o capitão Parracho, que era do Quadro Permanente e estava colocado no RI21.
- SERENO. José Adalberto Sereno de Casto e Melo, alferes miliciano. Oriundo de família de Águeda profissionalmente deslocada em  Angola, era engenheiro químico e morador em Nova Lisboa. Supõe-se que resida na área de Viseu.
- PEIXINHO. José Carlos Peixinho, alferes miliciano e engenheiro mecânico, natural do Lobito.
- PEREIRA: Nelson Pereira, alferes miliciano, natural de Sá da Bandeira.
- SPOSSEL. Carlos Manuel Morbey de Oliveira Spossel, alferes miliciano filho de mãe americana e pai que era quadro superior dos Caminhos de Ferro de Benguela.
- OLIVEIRA. José Marques de Oliveira, furriel miliciano vagomestre. Natural do Caramulo e residente em Águeda, é aposentado da Caixa Geral de Depósitos. Fomos companheiros de turma na Escola Industrial e Comercial de Águeda mas, nas três ou quatro vezes que fui ao Liberato, nunca o encontrei - nem sabia que lá estava.
- NOGUEIRA: José Luís Nogueira da Costa, condutor do Liberato, natural de Tomar foi criança para Angola e de lá regressou na altura da independência. É aposentado da Carris e ó n os conhecemos em 2012, quando ele procurava companheiros do Liberato e se «achou» no blogue Cavaleiros do Norte.
A CCAÇ. 2019/RI 21 foi a unidade que, em Setembro de 1974, se revoltou no Liberato e tentou entrar em Carmona, tendo sido barrada pelos Cavaleiros do Norte da CCS, na estrada do Café e à entrada do Quitexe.
Fernando M. Simões


F. Simões, de Santa
Isabel, faria 65 anos !

O 1º. cabo Martins, apontador de metralhadoras da 3ª. CCAV. 8423, faria 65 anos a 2 de Setembro de 2017. Faleceu, por suicídio, a 17 de Agosto de 1998.
 Fernando Martins Simões era natural do Lourinhal, em Penaco-
va, e lá regressou a 11 de Setembro de 1975. Por lá fez vida, trabalhou, casou e tem uma filha, a Zaida Martins. Foi ela quem nos explicou a razão do seu (dele) enforcamento: «O meu pai pensava que tinha algum problema de câncer na cabeça, mas afinal sofria de esquizofrenia, doença que se manifestou pouco tempo antes» da fatal decisão do nosso companheiro. RIP!!!
Victor Cunha

Cunha de Zalala, 65
anos em Coimbra !

O 1º. cabo Cunha, dos Cavaleiros do Norte de Zalala, está hoje em festa, dia 2 de Setembro de 2017, comemora 65 anos.
Victor Manuel Dinis Cunha foi enfermeiro e, já aposentado, não falha um dos encontros dos antigos combatentes da 1ª. CCAV. 8423. Morava em S. João do Campo e agora em S. Martinho de Árvore, nos arredores de Coimbra. para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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