quarta-feira, 20 de junho de 2018

4 162 - A primeira operação dos Cavaleiros do Norte em terras do Uíge angolano!

Cavaleiros do Norte na avenida do Quitexe, em frente à Casa dos Furriéis:
tenente João Mora, furriéis milicianos Neto, Viegas e Monteiro, 1º. cabo
Miguel Teixeira e furriéis, da 3ª. CCAV. 8434, Armindo Reino e João Aldeagas
Os 1ºs. cabos Fernando Pires, o Fecho-Eclair (indi-
cado a amarelo), com Miguel Teixeira, Vasco Vieira,
 o Vasquinho (a verde), este seguido de José Esteves
e Jorge Pinho (falecido a 10 de Abril de 2003, de
 doença e na cidade do Porto)


A 20 de Junho de 1974, há 44 anos!, ini-
ciou-se a Operação Castiço «na qual par-ticiparam todas as unidades orgânicas do BCAV.». Na prática, foi a estreia operacional dos Cavaleiros do Norte em terras do Uíge angolano.
A operação viria a terminar «já em Julho de 1974» e, de acordo com o livro «História da Unidade», «não se viu grande do esforço desenvolvido pelas NT». Realmente, e continuando a citar o HdU, «salvo uma emboscada, sem consequências, no Tabi, só teve por reacção do IN na materialização de tiros de aviso».
A operação foi, na prática, a estreia opera-
cional dos Cavaleiros do Norte por terras do Uíge angolano, num tempo em que a dita Operação Castiço, que «só viria a terminar em Julho», envolveu todas as Companhias do BCAV. 8423. E também uma Companhia de Coman-
dos, a 41ª. CC, que a abandonaram (a operação) depois de uma mina accio-
nada na Central do Negage ter levado a que «um seu soldado tenha sofrido a amputação de um pé».
Almeida e Brito,
comandante do
BCAV. 8423


Comandante do BCAV. 8423
no Comando do Sector do Uíge

O dia foi também tempo de o comandante do BCAV. 8423, o te-
nente-coronel Carlos da Almeida e Brito, se deslocar à cidade de Carmona, onde «estabeleceu contactos operacionais».
Os Cavaleiros do Norte estavam a adaptar-se às suas novas realidades operacionais, num tempo que o MPLA, que não era a força dominante dos movimentos de libertação de Angola por terras do Uíge (era a FNLA), considerava «continuar a luta armada até à independência completa».
O movimento liderado pelo presidente  Agostinho Neto desmentia, assim, notícias divulgadas pela Emissora Católica de Angola, estação privada da rádio angolana, que anunciavam a desistência do MPLA da luta armada para «prosseguir na legalidade a luta pela independência».
O Comité Director do MPLA tal negou, considerando que tal notícia era «uma provocação destinada a estabelecer a confusão entre a população de Angola».
F. Pires, 1º.
cabo escritu-
rário da CCS

Pires, 1º. cabo do Quitexe,
66 anos em Odivelas !

 O 1º. cabo Fernando Manuel Martinho Pires, escriturário da CCS do BCAV. 8434, a companhia dos Cavaleiros do Norte do Quitexe, festeja 66 anos a 20 de Junho de 2018.
Natural e ao tempo residente em Odivelas, então pertencente ao concelho de Loures (agora concelho de Odivelas), morava na Rua Afonso de Albuquerque, aonde voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da (nossa) comissão em terras uíjanas de Angola - quando, trabalhando ba secretaria da CCS, era mais conhecido por Fecho-Eclair. Ainda lá mora e para lá vai o nosso abraço de parabéns.

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