terça-feira, 8 de junho de 2021

5 456 - Os Cavaleiros do Norte a adaptarem-se à misteriosa terra uíjana de Angola!

 

A entrada na vila do Quitexe, a 24 de Setembro de 2019, quando, mais de 45 anos
 da chegada dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por lá passou o furriel Viegas
 da CCS. A matar saudades da jornada angolana de 1974/1975

Os furriéis milicianos Ricardo (que hoje festeja 69
em Loures), Viegas e José Querido e o soldado
José Rebelo, em finais de 2019


Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há 47 anos e «maçaricos» pelos chãos uíjanos de Angola, adaptavam-se aos novos ritmos, expectando o futuro com esperança mas com alguma intranquilidade.
O que viria aí? Que desafios nos esperavam e que perigos iríamos ter nas operações, nas escoltas e patrulhamentos que a actividade operacional nos iria pôr, dia após noite, pela misteriosa terra africana a que chegávamos?
Chegada, já tinha sido a CCS - ao Quitexe e a 6 de Junho. A 7, a 1ª. CCAV. 8423 aquartelou-se na Fazenda Maria João, em Zalala. A 10 e 11, iriam chegar a 2ª. CCAV. 8423 (a Aldeia Viçosa) e a 3ª. CCAV. 8423 (à Fazenda Santa Isabel).
Um ano depois, a UNITA de Jonas Savimbi, no fim de semana de 7 e 8 de Junho de 1975 envolveu-se nos incidentes que se vinham a repetir em Luanda, provavelmente, admitia o Diário de Lisboa, «em consequência dos ataques que lhe foram dirigidos por parte das FAPLA» - as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, o exército do MPLA.
As Forças Armadas Portuguesas, nesse período, «foram obrigadas a reagir directamente contra delegações da FNLA e do MPLA, havendo a registar (...) a destruição de três delegações da FNLA e uma do MPLA, por se registarem ataques a partir daquelas instalações contra soldados portugueses».
Carmona, nesse domingo de 1975, recebeu abastecimentos por via aérea, que foram carregados em viaturas militares.-
O livro «História da Unidade» refere que «o mês decorreu sob forte tensão emocional, quer pelos alguns atritos que voltaram a dar-se, quer também porque estão se estão vivendo momentos de carências logísticas»
.
Alcides Ricardo
furriel Cavaleiro do
Norte em 1975


Ricardo da 3ª. CCAV.,
69 anos em Loures

O furriel miliciano Ricardo, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, festeja hoje 69 anos, em Loures.
Alcides dos Santos da Fonseca Ricardo foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e é natural de Paipenela, freguesia do concelho da Meda, mas cedo «emigrou» com a família para a grande Lisboa, onde estudou. Tinha 12 anos.
Cumprida a jornada africana do norte de Angola, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se em Loures, onde ainda vive. Há pouco tempo (pouco antes da pandemia, em Dezembro de 2019) lá estivemos com ele, o Querido e o Rebelo.
Cavaleiro do Norte da Fazenda de Santa Isabel, também passou elo Quitexe e Carmona (actual cidade do Uíge) e teve uma vida profissional dedicada a um laboratório da indústria farmacêutica, trabalhando na área administrativa. Agora já aposentado, continua a morar em Loures, para onde vai o nosso abraço de parabéns.
Não é todos os dias que se fazem 69 anos!
A notícia no JN


Cavaleiros de Aldeia
Viçosa em Castelo Branco

A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, planeia reunir-se em Setembro e em Castelo Branco. Assim a situação sanitária tal permita.
Os encontros, como se sabe, foram todos cancelados em 2020 e o da CCS, que teria sido  a 29 de Maio (há dias), dia da nossa partida para Angola, em 1975, nem sequer foi programado. Quiçá, em Setembro. Logo se verá!
A 2. CCAV. é que dá como «certo» o encontro de Castelo Branco e faz publicar o «Jornal de Notícias» de domingo passado (6 de Junho) notícia precisamente a disso dar conta.
«O encontro que tínhamos agendado para Setembro de 2020 foi adiado para o mesmo mês e no mesmo local», proclama José Maria Beato, o 1º. cabo que coordena as operações. 
Pode ser contactado pelos telefones 963573376 e 224221948

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