sábado, 2 de outubro de 2021

5 571 - Um exército de brancos..., as ligações à UNITA! Patrulhamentos das NT para a liberdade de itinerários !

 

Os alferes milicianos Carlos Sampaio (da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e de oficial
  de dia no Quitexe) e 
António Garcia e o furriel Viegas, ambos da CCS e
 momentos antes da saída do PELREC para 
mais um patrulhamento por
 estradas e picadas do Uíge


Cavaleiros do Norte do PELREC: 1º. cabo Almeida (fale-
cido a 8/02/2009, de doença e em Penamacor), Messejana
(f. a 27/112009, em Lisboa e de doença), Neves, 1º. cabo
Soares, Florêncio e Ezequiel, Em baixo, 1º. cabo Vicente
(f. a 21/01/1997, de doença e em Vila Moreira, Alcanede),
furriel Viegas, Francisco e Leal (f. a 18/06/2007, de
doença e em Caixaria, Pombal)


A nova situação política angolana levou, há 47 anos, a alterações na vida operacional dos Cavaleiros do Norte, nomeadamente a partir do mês de Outubro de 1974.
Aos dias e noites esse tempo e segundo o livro «História da Unidade», acentuou-se a «intensa actividade de patrulhamentos, nomeadamente orientados para a obtenção de liberdade de itinerários». Actividade que, de resto, já se vinha a realizar, mas agora com muito mais assiduidade e, por consequência, com maior sacrifício dos militares.
O dia 2 de Outubro de 1974, há 47 anos, foi a da abertura da delegação do MPLA em Kinshasa (Zaire), depois de negociações conduzidas pelo presidente Agostinho Neto e Daniel Chipenda, vice-presidente da direcção provisória. Tal acontecia no «âmbito da ajuda concreta e da solidariedade do Zaire para com os movimentos de libertação, em geral, e para com a luta do povo angolano pela independência, em particular»O Zaire de Mobutu Sese Seko, que se sabia ser grande apoiante da FNLA.
Paralelamente, o PCDA, a FUA e a FRA - partido criados após o 25 de Abril, por colonos portugueses - organizaram «um campo de treinos, com a finalidade de formarem um exército particular», segundo noticiava o Diário de Lisboa. Era disso que o MPLA os acusava, sublinhando estarem os três partidos «a organizar um exército, para impedirem que sejam satisfeitas as legítimas aspirações do povo angolano».
Cavaleiros do Norte da secretaria da CCS: furriéis
 milicianos José Monteiro e Francisco Dias e 1ºs.
cabos Miguel Teixeira, Vasco Vieira (Vasquinho)
e, em baixo, Fernando Pires


Um exército de brancos...,
as ligações à UNITA

O presidente Agostinho Neto afirmava mesmo que os três partidos «têm ligações à UNITA», que era, ao tempo, o único movimento de libertação ainda não reconhecido pela OUA - a Organização de Unidade Africana.
O suposto exército incluiria angolanos brancos e estaria a ser treinado por militares sul-africanos «em três campos recentemente criados no território», - o que, na opinião de Neto, se encandeava no «jogo muito perigoso» que o então já retirado António Spínola vinha a fazer, nomeadamente «cultivando e escutando fantoches e dirigentes de partidos políticos que não representam o povo» - referindo-se, naturalmente, ao PCDA, à FUA e à FRA. Spínola, na sua versão (a de Neto), estaria a «apoiar activamente os grupos de colonos portugueses em Angola» e, mais, de «estar disposto a a aceitar ali um Governo minoritário».
Soube-se também que a revista «Notícia» foi multada, por causa de notícia sobre uma reunião de oficiais portugueses - que já motivara multas aos jornais «A Província de Angola» e «O Comércio», ambos de Luanda. Foi divulgado que os oficiais consideravam que «só os movimentos de libertação devam ser reconhecidos como representantes do povo angolano», o que Rosa Coutinho desmentiu, referindo ser «falsa e uma interpretação errada da reunião realizada a 20 de Setembro em Luanda, com a participação de 500 oficiais».

Fazenda Santa Isabel
Ramalho de Santa Isabel,
69 anos em Torres Vedras

O Ramalho Gomes, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, está hoje em festa: comemora 69 anos!
Duarte Francisco Ferreira Ramalho Gomes foi soldado de transmissões de especialidade militar e, às «ordens» do furriel João Cardoso, também passou pelo Quitexe e Carmona e regressou a Portugal e ao Casal da Portela, em Dois Portos, concelho de Torres Vedras a 11 de Setembro de 1975 . no final d sua jornada africana do norte uíjano de Angola.
Sabemos que ainda por lá vive, agora na Portela do Ramalho, e para lá vai o nosso abraço de parabéns!

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