sábado, 1 de janeiro de 2022

5 659 - O primeiro dia de 1975 na vida dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 no Uíge angolano!


Grupo de furriéis milicianos Cavaleiros do Norte, na hora do almoço do dia
de Ano Novo de 1975 e de martinis em mãos: Bento, Rocha, Viegas, Flora, Lopes
(enfermeiro), Capitão e Ribeiro. À frente, Carvalho, Belo, Lopes (atirador) e Reino
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Momento festivo no Quitexe: furriéis Capitão e Cardoso, 1º.
cabo Almeida (o cozinheiro a messe), soldado Lajes (do bar),
e furriel Flora. Mais furriéis: Cruz (de óculos e meio tapado),
Costa, Reino e Carvalho. À frente: Bento, Lopes (atirador)
Fonseca (de bigode) e Rocha
O dia de Ano Novo de 1974 «acordou» tranquilo e bem dormido. Felicíssimo, depois de, noite de farra, para a maioria dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.

Por mim, e feita a troca de serviços na formatura das 8 horas, passando a braçadeira de sargento de dia para (creio) o furriel Fernandes, dei-me a «mata-bichar», a lavar-me dos suores sujos de quem andou em rondas toda a noite e aperaltei-me o melhor que pude para assistir à missa do padre Capela, na Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe - mesmo em hora de a acabar para o requinte gastronómico da hora do almoço - preparado pelas mãos experientes do 1º. cabo José Maria Antunes de Almeida, o cozinheiro da messe de sargentos.
A imagem que abre este post, colhida no varandim acimentado da entrada do bar e messe de sargentos, dá ideia, muito próxima, da bom momento dos Cavaleiros do Norte: boa disposição e farta partilha de emoções, regadas a martinis - para começar a «ementa» e refrescar o corpo e abrir apetites aos garbosos e sempre esfomeados furriéis milicianos - que eram jovens e sem quaisquer fastios. E era dia de Ano Novo, boa razão para festejar à mesa!
O agora já bem distante dia 1 de Janeiro de 1975 foi uma quarta-feira e à vila do Quitexe chegaram notícias da cimeira entre os três movimentos de libertação de Angola - prevista para o dia 10 seguinte, em Portugal . 
O objectivo, relatava o Diário de Lisboa, era «a formação de um governo de transição que encaminharia Angola para a independência». E, com esta, o nosso cada vez mais expectado regresso a Portugal e às nossas casas.

Anos dos «Rangers»
Letras e bis do Reino !
Carlos Letras
                                                       
O dia primeiro de cada ano é dia de anos de dois furriéis milicianos dos Cavaleiros do Norte: do Letras, que festeja 69 anos, e do Reino, que perfaz 70 e bisa o mesmo aniversário! Ambos de Operações Especiais - os Rangers!
Armindo Henriques Reino (na foto de baixo), da 3ª. CCAV.8423 (a de Santa Isabel), nasceu a 28 de Dezembro de 1951, mas apenas registado como tendo vindo ao mundo a 1 de Janeiro de 1952 - em Aldeia do Bispo, no Sabugal. Fez carreira profissional
Armindo Reino
na GNR, de que está aposentado, e de novo voltou ao Sabugal, para onde vai o nosso abraço de parabéns.
António Carlos Dias Letras (foto de cima), Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, nasceu na Barragem da Venda Nova, em Montalegre, no Alto Trás-os-Montes e a 1 de Janeiro de 1952, quando os pais, alentejanos de nascença e paixão, por lá mourejavam a vida - o pai, de Vila Nova de Boronia e lá a trabalhar na construção da barragem; a mãe, de Baleizão e lá em dores de parto. Aposentado da área empresarial do mobiliário metálico e dedicado à pesca desportiva, o Letras reside na cidade de Palmela, está como manda a lei (ainda ontem falámos com ele), e para onde vão os nossos parabéns!

PELREC´s no encontro do RC4, em Santa Margarida, em 2017:
Caixarias, Madaleno (que hoje faz 69 anos), António, furriéis
Monteiro, Neto e Viegas (3) e Marcos (com o estandarte). Em
baixo, o Ezequiel e o Aurélio (Barbeiro)
Madaleno do PELREC, 65 
anos por duas... vezes!!!

O 1 de Janeiro de 2022 é dia, também, de outro Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423 fez Madaleno festejar 69 anos - que refestejará a 3 de Fevereiro, data do registo oficial, em 1952.
Francisco José Matos Madaleno, é dele que falamos, foi soldado  atirador de Cavalaria de especialidade miliar e elemento do PELREC, da CCS do capitao António Oliveira.
Ao tempo residia na Estrada do Cimeiro, em S. Francisco, na Covilhã. Nasceu em dia de ano novo mas, tal como aconteceu ao Reino, o registo ficou para mais tarde. Para a família não pagar multa, outro dia se deu ao seu natal.
Mora na Covilhã, já aposentado e refeito de algumas «avarias» na máquina, e para lá vai o nosso abraço de parabéns.
rabéns!


Mário Costa,
clarim de Zalala
em 2017
Costa, clarim de Zalala,
69 anos em Fernão Ferro

O soldado Costa, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda de Zalala, festeja 69 anos no dia 1 de Janeiro de 2022.
Clarim de especialidade militar, Mário António Figueiredo da Costa, de seu nome completo, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão angolana, e fixou-se em Vale de Figueira, lugar da freguesia de S. João da Talha, concelho de Loures - o seu sítio natal. 
A vida profissional e familiar «levou-o» para outras bandas, para o outro lado do Tejo, e, actualmente, reside em Fernão Ferro, no concelho do Seixal, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

Catarino e Tomás, de Santa
Isabel, faleceram há 39 anos!

O Catarino e o Tomás, Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, faleceram há 39 anos, por coincidência  no mesmo dia e em circunstâncias que desconhecemos.
José Carlos Gonçalves Catarino foi 1º. cabo atirador de Cavalaria da Fazenda Santa Isabel e morava em Paivas, no Seixal. Lá regressou a 11 de Setembro de 1975 e lá faleceu. Nascera a 9 de Fevereiro de 1952.
António Francisco Tomás também foi atirador de Cavalaria (soldado) da Companhia comandada pelo capitão miliciano José Paulo Oliveira Fernandes e era residente, ao tempo, nas Termas do Vimeiro, na Maceira, da freguesia de A-dos-Cunhados, concelho de Torres Vedras, onde faleceu.
Ambos recordamos, com saudade!!! RIP!!!

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