terça-feira, 5 de junho de 2012

1 307 - O gostar de... gostar do capitão Luz...

O capitão Luz, o (ex-furriel) Monteiro e a «amazona» Luz

O tenente Luz secretariou o comando do BCAV. 8423 e todos nos lembramos dele e do porte garboso como, avenida do Quietexe fora, ia ele entre a messe e o edifício do comando. Não há memória de um ressentimento de alguém, deste homem bom, que nos habituámos a ver com respeito, sem medo a tolher a palada ou o bom dia de todos os dias. 
Tenente foi e capitão se fez, com história de louvores que por aqui já falámos.
É o nosso «mais velho», o sempre gentil e disponível Acácio Carreira da Luz que, aos 83 anos e em Paredes,  falou da sua «alegria de estar convosco» - connosco, os meninos do Quitexe de 1974/75... - e deu enfâse aos anos que vão passando «com as alegrias e fragilidades da vida, as maleitas e até desgostos» que fazem as  histórias dos nossos dias.
O agora capitão Luz é homem de verbo fácil e expressivo, não debita excessos, mas fala com a alma. «Sei que gostam de mim e eu gosto de estar convosco!...», disse ele, em Paredes, com a serenidade dos sábios e babando de vaidade e emoção os meninos que, no Quitexe e em Carmona, foram como seus filhos.
«Foi uma fase importante das nossas vidas e estes encontros rejuvenescem-nos, dão-nos alegria que se estende às nossas famílias, o que é muito bom...», disse o capitão Luz, dando cor e pão às palavras com a experiência da sua vida: «Se quisermos ser felizes, temos de dar as mãos uns aos outros e não viver só para nós».
As palmas dos Cavaleiros do Norte foram a melhor continência que se podia prestar ao capitão Luz, pelo que nos disse e nos ensinou. Dê-me licença, meu capitão, para lhe exigir que para o ano o ouçamos outra vez!
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