Fazenda e aquartelamento de Santa Isabel, onde esteve a 3ª. CCAV. 8423
O dia 15 de Julho terá sido o da primeira ida do PELREC a Santa Isabel, onde jornadeava a 3ª. CCV. 8423, sob comando do capitão miliciano Fernandes. Saía-se do Quitexe, na estrada asfaltada para Aldeia Viçosa (e Luanda, a estrada do café) e, por altura do Dambi Angola, cortava-se à direita para Santa Isabel, já em picada que nos pregava sustos.
Tenha sido neste dia, ou não, para o caso pouco importa: íamos avisados de que poderia haver problemas. E porquê? O alferes Garcia explicou aos homens formados na parada do Quitexe: «Vamos escoltar o comandante!...». E escoltar o comandante era fazer segurança à nossa maior riqueza: quem nos orientava, nos dirigia e era o nosso líder, nosso «pai» militar, o alvo mais fácil e desejado do IN.
Almeida e Brito, o tenente coronel que nos comandava, tinha passado pelo Quitexe anos anos, como oficial de operações, e deixara fama de homem de poucas cedências. Era o «cavalo branco», assim o baptizou a lenda local, por ser de cavalaria e, já de apoucado cabelo, o ter branco, assim como a pêra e o bigode.
Lá fomos nós, de olhos abertos e unigog´s cheios, a galgar a picada, engolindo pó e sentindo no corpo os frios de quem sabe que evolui em zona de perigo. Íamos com a curiosidade de conhecer as instalações dos companheiros da mata, assim pensávamos nós que era Santa Isabel. Que seriam um sítio no meio da floresta densa e perigosa, infestada de feras e uivos amedrontadores. Mas não era nada disso, como mostra a foto: as instalações eram muito boas e lá achámos os nossos amigos no bar A Cubata, que servia de pouso aos furriéis.
O comandante Almeida e Brito ia visitar a guarnição, em contactos operacionais. Tal qual tinha estado já em Aldeia Viçosa (2ª. CCAV.) e no Destacamento da Fazenda Negrão (a 7 de Julho). Íamos nós na quinta para sexta semana do Quitexe.
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