O desarmamento dos milícias que operavam na área do Quitexe começou faz hoje precisamente 38 anos - a 28 de Outubro de 1974. A partir deste dia e voluntariamente, depois de uma reunião com todos os regedores, a quem «foi feito ver a necessidade de entregarem o armamento».
A reunião de 26 de Outubro decorreu na administração civil (fora, portanto, dos olhos dos militares da guarnição do Quitexe) e semeada de dúvidas e receios pois, na prática, tratava-se de desarmar milícias que eram (tinham sido) leais a Portugal, enfrentando os movimentos emancipalistas nas suas sanzalas. Ou talvez nem tanto, pois havia a ideia, na altura, de que milícias e combatentes conviviam abertamente nas suas povoações e lavras - em contactos mais ou menos disfarçados, nas frequentes.
A memória refrescou-se sobre uma conversa com o alferes Garcia, numa escolta ao dr. Leal (capitão médico miliciano), a uma sanzala dos arredores do Quitexe, quando nos disse que os milícias de lá (e o regedor) estavam «feitos com os turras», para, por isso mesmo, «abrirmos os olhos». E o alferes Garcia lá saberia do que falava, pois trabalhava regularmente com o capitão José Paulo Falcão, o oficial de operações, e tinha informações que, naturalmente, não partilhava connosco.
Seja como for, o desarmamento decorreu sem problemas, com a entrega das armas no respectivo depósito do Quitexe, ao cuidado do BCAV. 8423. Não sei que destino lhe foi dado.
A reunião de 26 de Outubro decorreu na administração civil (fora, portanto, dos olhos dos militares da guarnição do Quitexe) e semeada de dúvidas e receios pois, na prática, tratava-se de desarmar milícias que eram (tinham sido) leais a Portugal, enfrentando os movimentos emancipalistas nas suas sanzalas. Ou talvez nem tanto, pois havia a ideia, na altura, de que milícias e combatentes conviviam abertamente nas suas povoações e lavras - em contactos mais ou menos disfarçados, nas frequentes.
A memória refrescou-se sobre uma conversa com o alferes Garcia, numa escolta ao dr. Leal (capitão médico miliciano), a uma sanzala dos arredores do Quitexe, quando nos disse que os milícias de lá (e o regedor) estavam «feitos com os turras», para, por isso mesmo, «abrirmos os olhos». E o alferes Garcia lá saberia do que falava, pois trabalhava regularmente com o capitão José Paulo Falcão, o oficial de operações, e tinha informações que, naturalmente, não partilhava connosco.
Seja como for, o desarmamento decorreu sem problemas, com a entrega das armas no respectivo depósito do Quitexe, ao cuidado do BCAV. 8423. Não sei que destino lhe foi dado.
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