Peixoto, Neto e Viegas, mas que grandes músicos... do Quitexe
Aos tantos dias de não sei quantos, apareceu o Peixoto pelo Quitexe! Era furriel «deslocado», não me perguntem de onde veio ele, mas foi parar ao nosso quarto: o meu e do Neto. E lá se formou um trio musical.
Convém dizer que nenhum de nós percebia o que quer que fosse de música, mas fazíamos as vezes.
O «concerto» do trio, digo eu, será da noite de Natal de 1974, depois da consoada no refeitório dos praças, que muito mimou a malta e lhe amainou saudades - com a grata e generosa colaboração das mulheres dos oficiais que lá residiam: as do capitão Oliveira (com a filha, que era professora primária), do tenente Mora e dos alferes Cruz e Hermida, tudo boa gente. Julgo que a Irmã Maria Augusta, irmã do padre Albino Capela, também deu uma mão na cozinha e nos confortos que mimosearam a tropa.
Mas vamos lá ao trio: o Peixoto, fazia a percussão (no balde de plástico) e cantava. Era a voz do grupo! O Neto fazia de conta que dedilhava algumas cordas de viola. Digo eu!! Eu, fazia de conta que tocava.
Repare-se no pormenor: o "concerto"estava a ser gravado no velho rádio-gravador pousado em cima da mesa. Note-se bem no fio do micro que o Peixoto pega na mão direita! Tenho, um destes dias, que ir ver as cassetes que ali tenho arrumadas, não vá alguma delas lá ter por ela esta preciosidade artística.
- PEIXOTO. João Domingos Faria Taveira de Peixoto, furriel miliciano, de Braga. É professor no Agrupamento de Escolas do Trigal, em Tadim (Braga), e dirigente sindical: membro efectivo do Conselho Geral do Sindicato dos Professores da Zona Norte, desde 12 de Julho de 2011 e até 2015.
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