sábado, 12 de outubro de 2013

1 823 - O futebol do Quitexe e a descolonização

Futebol no Quitexe, equipa da CCS. Em cima, Grácio, Gomes, Miguel Teixeira, Botelho (Cubilhas), Miguel (furriel paraquedista), Gaiteiro (?) e Soares. Em baixo, Miguel (condutor?), furriel Mosteias, furriel Lopes,  Esmoriz (enfermeiro), furriel Monteiro e Teixeira (estofador) 




Outubro de 1974, entre escoltas e segurança de itinerários, serviços de rotina e desejo de regressar sempre a medrar, foi também tempo de futebol no Quitexe - com renhidas partidas entre civis e e militares e, nestes, entre especialidades e sub-unidades.   
Há, na verdade, memória de vários encontros entre as companhias do BCAV. 8423, mas sem qualquer registo de resultados e muito menos fotográficos.
A outro nível, a 8 de Outubro, registam-se várias declarações de políticos angolanos.
Agostinho Neto, do MPLA, declara que «o futuro de Angola será decidido pelo povo angolano e não pela minoria branca». Também do MPLA, Saidy Mingas comentou que «devido as potencialidades económicas de Angola, nomeadamente aos seus recursos petrolíferos, existem pressões imperialistas que se opõem à independência».
Mangali K. Tuka, da FNLA, considerou que o programa de descolonização proposto para Angola é «muito ambíguo».
Entretanto, em Kinshasa, capital do Zaire, reuniu o Governo Português (com uma delegação chefiada pelo general Fontes Pereira de Melo) e o FNLA, sob os auspícios do presidente Mobutu. 
A notícia é do Diário de Lisboa de 12 de Outubro de 1974, que citamos, e  acrescentava continuarem «contactos com o MPLA e os movimentos africanos do interior de Angola», admitindo para breve um reunião em Lisboa, com representantes dos partidos e movimentos angolanos, em moldes diferentes dos realizados pelo general Spínola, que um mês antes se demitira da Presidência da República - substituído por Costa Gomes.

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