terça-feira, 22 de outubro de 2013

1 833 - Desarmamento dos milicianos das sanzalas

Uma sanzala de Angola (em cima) e Jonas Savimbi, presidente da UNITA (em baixo)


O desarmamento dos milícias começou a 21 de Outubro de 1974 e a tarefa teve os seus quês, já que os ditos não o aceitaram de boa catadura e, como se lê no Livro da Unidade, «não teve boa aceitação, por parte dos povo, nomeadamente nos postos sede», do Quitexe e Aldeia Viçosa. E nem por isso era assim tão importantes: «Salvo honrosas excepções, não tiveram actuações de vulto em defesa dos seus aldeamentos», lê-se no Livro da Unidade.
Ainda assim, o facto de estarem armados, eram, nas sanzalas, «a melhor defesa às acções de depradação e exigência do IN». Compreende-se por que não queriam ser desarmados. Poderiam, digo eu, ser alvo de acções de vingança por parte do IN, embora também se soubesse que muitos deles «vivem em contacto permanente» com a FNLA.
Isto era lá pelos lados do Quitexe. Em Luanda, sabia-se, através da revista Semana Ilustrada, que a UNITA só participaria na Junta Governativa de Angola, caso participassem, também, o MPLA e a FNLA. «Como os outros movimentos não aceitaram participar, o actual Governo de Transição não tem  elementos dos movimentos libertadores», declarou Jonas Savimbi, na entrevista concedida à revista de Luanda.

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