Neto e Peixoto, meus companheiros de quarto, no Quitexe, em foto da
messe de Carmona (1975). Em baixo, o aniversário do MPLA, no Diário de Lisboa
Um dia, apareceu lá o Peixoto e, sem vaga noutro pouso, «aquartelou-se» no nosso quarto (meu e do Neto). Foi um bom companheiro, há dias «achado» nos corredores da vida. E vertemos, ambos, algumas gotas de emoção, ao evocar os tempos de Carmona e do Quitexe.
No Quitexe, precisamente há 39 anos - dia 11 de Dezembro de 1974 -, foi extinta a Comissão Local de Contra Subversão (CLCS), substituída pela Comissão Local de Coordenação Civil-Militar, a CLCCM. Dava-se a criação do novo órgão à «necessidade de estreitamento das relações civil-militar e procurando uma outra feição de actuação», como se lê no Livro de Unidade.
O MPLA festejava o 18º. aniversário e, em Lisboa, afirmava-se como «garantia da defesa dos interesses legítimos dos portugueses e estrangeiros que desejem colaborar nas tarefas da independência». Quem assim falava era Paulo Jorge, alto dirigente do MPLA, depois de, entre outras coisas, recordar «a resistência angolana à colonização» e criticando «as forças neo-colonialista de Angola», que, disse, «infelizmente não foi possível neutralizar completamente». Foi isto dito, e muitas outras coisas, no comício do Pavilhão dos Desportos, a 10 de Dezembro de 1974, no qual participaram, representantes da FRELIMO (Moçambique), do MLSTP (S. Tomé e Príncipe), do PAIGC (Guiné-Bissau), da FRETILIN (Timor-Leste) e do MIR (Chile), além dos portugueses do CIAC, e outros.
Em Carmona com o Braga.
ResponderEliminarF. Neto
Olhem-me estes dois artistas.
ResponderEliminarUm grande abraço para vossês, principalmente para o Peixoto que não vejo desde Angola.
Pires