Camando do Sector do Uíge, na cidade de Carmona (em cima).
Secretaria da CCS dos Cavaleiros do Norte, no Quitexe, à esquerda (em baixo)
A 7 de Janeiro de 1975, o comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se a Carmona, onde reuniu com outros comandantes, no Comando do Sector do Uíge, «estabelecendo contactos operacionais». Ao tempo, pela uíjana vila do Quitexe, e cito o Livro da Unidade, «começou a ser murmurada uma nova remodelação do dispositivo» e, ao que por lá se ouvia, o (nosso) Batalhão de Cavalaria 8423 «iria sediar-se em Carmona».
Em Lisboa, também se murmurava, projectando-se, para o dia de hoje de há 38 anos, a chegada de Agostinho Neto. Não chegaria, mas, sim, um outro dirigente do MPLA, cujo nome não conseguimos saber. E murmurava-se também que seria Viana do Castelo o local da realização da Cimeira dos três movimentos de libertação, com o Governo Português, marcada para o dia 10 seguinte. Porém, segundo o Diário de Lisboa desse dia, nem o Comando da Região Militar Norte, nem o Governador Civil da cidade minhota e muito menos o comandante do RC9, ali aquartelado, confirmaram tal decisão. Sabia-se, isso sim, que o coronel Eurico Corvacho, chefe do Estado Maior da Região Militar Norte, lá se deslocara na véspera.
A praia de Ofir, ali bem perto, era outro local sugerido, mas a cimeira, como sabemos, viria a realizar-se na terra algarvia do Alvor.
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