Agostinho Neto (MPLA), Presidente Costa Gomes (Portugal), Holden
Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA) na Cimeira do Alvor, há 39 anos (em cima).
Diário de Lisboa de 11 de Janeiro de 1975 (em baixo)
Os trabalhos inter-movimentos tinham começado às 22 horas, prolongando-se pela madrugada de 11 de Janeiro, essencialmente concentrados no desenvolvimento do pré-acordo de Mombaça, no Quénia. Mas com obstáculos: as naturais diferenças entre MPLA, FNLA e UNITA, que a delegação portuguesa procurou conciliar de forma firme, como relata o jornal.
Um pormenor ressaltou: a não inclusão de Rosa Coutinho na Cimeira. Era, recordemos, o Alto-Comissário em Angola. Seria por pressão da FNLA, que o considerava pró-MPLA? O próprio Rosa Coutinho, porém, explicou que não participou precisamente por... ser o Alto-Comissário. Questão principal das negociações era a distribuição das pastas ministeriais.
Ao Quitexe, a Aldeia Viçosa, a Vista Alegre, pousos dos Cavaleiros do Norte, poucos (ou nenhuns) ecos chegavam da Cimeira. Os meios de comunicação não eram como hoje, as notícia demoravam tempo a chegar - a não ser as que chegavam dos jornais de Luanda, ou pela onda média da Emissora Nacional (a actual RDP).
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