Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa: Rebelo, Martins, Mourato e Matos (furriéis milicianos). Em baixo, o comandante Bundula, da FNLA, no comício de há 39 anos (foto de António Letras)
O (alferes miliciano) Machado lembra-se de «tudo ter corrido bem» e da presença do comandante Bundula, da FNLA. Disseram os oradores das suas ideias e o povo cantava «Lá-lá-lá-lá... / Efe... ene... éle... ààà!!!».
A 2ª. CCAV. 8423 era comandada pelo capitão miliciano Cruz e nesse dia lá esteve também José Paulo Fernandes, comandante da 3ª. CCAV.). O (furriel) João Dias, de Zalala, garante que, depois do comício, também lá esteve Castro Dias, o capitão miliciano que comandava a 1ª. CCAV. 8423. Ao tempo, estava aquartelada em Vista Alegre, a bem poucos quilómetros, na estrada do café e na direcção de Luanda.
De Luanda, justamente e via aerograma, chegavam notícias pelo SPM da tarde desse domingo: «Ontem, houve um motim na cadeia e a tropa teve de intervir», relatava o meu amigo Alberto Ferreira. Acrescentava a sua estranheza pelo facto de lá terem ido patrulhas do MPLA e da FNLA para ajudar a controlar a situação.
Os presos (civis) reclamavam uma amnistia, pela tomada de posse do Governo de Transição, e dois deles ficaram ligeiramente feridos. Alguns outros, conseguiram evadir-se durante a insurrecção. Ao reler este aerograma, não deixe de me lembrar do que pensei na altura, influenciado pelo relato do Alberto: «Isto, ainda vai dar para o torto!...».
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