Alferes Carlos Silva e Jaime Ribeiro, capitão José Paulo Fernandes, comandante Almeida e Brito, dois civis e o alferes Rodrigues, em Santa Isabel, fazenda onde se aquartelava a 3ª. CCAV. 8423)
Há 40 anos, estávamos em Fevereiro de 1974 e os praças e quadros milicianos dos futuros Cavaleiros do Norte entraram de férias, depois da Escola de Recrutas e antes da chegada dos especialistas - que se começaram a apresentar a partir de 4 de Março. Isto, a partir do Regimento de Cavalaria nº. 4, em Santa Margarida.
Um ano depois, no Uíge, faziam-se «muitas visitas a fazendas e povos», o que, lê-se no Livro da Unidade, «levava a percorrer a rede estradal à nossa responsabilidade, com elevada frequência». A imagem é de uma dessas viagens - embora de data anterior a Dezembro de 1974. Foi-nos enviada pelo 1º. sargento Louro, filho do malogrado José Adriano Louro (1º. cabo sapador, já falecido, a 23 de Julho de 2008).
Angola, entretanto e por esse tempo de 1975, «fervia» em sangue e um garrafal título do Diário de Lisboa (foto), de faz hoje precisamente 39 anos, dava conta de «mais mortos em Angola». O despacho era da véspera, do seu correspondente em Luanda, e falava de incidentes em Salazar (N´Datalando), onde o MPLA atacou a delegação da FNLA, aos gritos «abaixo a FNLA imperialista», e disparou sobre os seus membros, fazendo dois mortos civis - um negro e um branco -, para além de vários feridos. Em Nova Lisboa, combates entre MPLA e elementos da Facção Chipenda fizeram um morto.
Agostinho Neto, em Luanda, considerava que a Facção Chipenda (agora integrada na FNLA), por ele rotulada de «forças imperialistas», afinal, «não eram o resultado de uma revolta, e muito menos constitui uma dissidência no seio do MPLA», mas tão só «um corpo estranho, imposto pelo imperialismo, no seio do movimento, para criar confusão política e praticar actos de diversão militar».
«O pedido de protecção à FNLA vem confirmar e clarificar a actuação deste agente imperialista, no seio e contra o MPLA», disse Agostinho Neto
O porto de Luanda estava em greve. Os trabalhadores tinham apresentado um caderno reivindicativo, a 21 de Janeiro e expectava-se, há 39 anos, um acordo entre o Governo de Transição e os sindicatos.
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