O BC12, em Carmona, visto do lado do Songo.
O comandante Almeida e Brito (em baixo)
O dia 26 de Fevereiro de 1975, há precisamente 39 anos!, foi o dia, o dia preciso em que soubemos que íamos para Carmona, para a cidade, para o BC12. Foi um alívio e uma decepção! Por um lado, era mais uma etapa da nossa jornada africana: íamos sair do Quitexe! Por outro, Luanda era o destino mais desejado por alguns de nós. Estava mais perto de Lisboa e de nossas casas!
A notícia chegou de chofre, levada ao PELREC pelo alferes Garcia: «Sempre vamos para Carmona», contou ele, chamando-me de lado, e ao Neto. «No dia 2!...», acrescentou. Dia 2 de Março, entenda-se. dali a 4 dias!
O BC12 estava em extinção e era preciso ocupá-lo e continuar a garantir a soberania portuguesa e a evolução do processo de descolonização acertado no Alvor! Era necessário defender pessoas e bens, das ameaças que pairavam no ar, sobre o futuro próximo.
Uma missão, sublinho eu, que nunca foi bem entendida - ora pelos movimentos de libertação, ora pelo povo uíjano. Particularmente, pelo europeu!!!
A mudança, no entanto - e mesmo com as diferenças acima sublinhadas - «foi do agrado geral, para a maioria dos militares», como se lê no Livro da Unidade. Porém, «trazendo, contudo, a responsabilidade de uam zona de intensa politização dos movimentos emancipalistas». Frisava o comandante Almeida e Brito que tal politização «forçosamente virá a trazer-nos responsabilidades, honrosas por um lado, mas extremamente difíceis e complexas, por outro».
Assim seria, como se soube no futuro!
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