segunda-feira, 12 de maio de 2014

2 027 - Segurança de pessoas e bens, em Carmona!

Um grupo de Cavaleiros do Norte de Zalala, em foto do Vargas. Quem identifica esta 
gente? Notícia do Diário de Lisboa, de há 39 anos,sobre a posição da FNLA contra a Cimeira


O livro «Portugal e o Futuro», de António Spínola, esteve proibido em Angola, até ao 25 de Abril - soube-se a 12 de Maio de 1974, há precisamente 40 anos, estávamos nós em vésperas de para lá partir. 
A proibição foi do Governador Geral Santos e Castro, segundo, neste dia, revelava o jornal "A Província de Angola". Dois editoriais escritos sobre o livro tinham sido cortados pela censura.
Um ano depois, já em 1975, os Cavaleiros do Norte, lá por Carmona, procuravam «incrementar as Forças Mistas e as suas actividades» e continuavam «a assegurar, permanentemente, os patrulhamentos dos centros urbanos e dos itinerários». No fundo, a segurança de pessoas e bens, tarefa que não era nada fácil. Mas lá nos íamos aguentando e mantendo serenidade compaginada com  as circunstâncias.
Por Luanda é que as coisas não iam nada bem. O meu amigo Alberto Ferreira mandou-me aerograma, no que me dava conta que «as coisas estão sérias demais». «Com fogo daquele, é para assustar mesmo...», acrescentava ele. 
A FNLA anunciava a sua recusa em participar na Cimeira proposta pelo Governo Português. Explicou Holden Roberto, em Tunes, capital da Tunísia, que a recusa se devia a não querer participar em reuniões com o Governo Português, devido, e cito-o, «à evidente parcialidade e falta de objectividade de que certos membros do Governo Português mostram em relação a FNLA».
  

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