Rocha, Pedrosa, Machado, Lino e Cruz, Cavaleiros do Norte no jardim da
piscina de Carmona (1975). Notícia do Diário de Lisboa de faz hoje 40 anos
piscina de Carmona (1975). Notícia do Diário de Lisboa de faz hoje 40 anos
O Diário de Lisboa de 21 de Maio de 1975 titulava na primeira página: «Terror em Angola».
E escrevia: «Esta impressionante sequência fotográfica fala por si: corpos de vítimas dos últimos massacres de Luanda são removidos da via pública, onde os prostrou o tiroteio generalizado. Na altura em que se avizinha a cimeira entre os três movimentos de libertação, pesada de um contencioso cujo desfecho interessa sobremaneira aos próprios destinos da Revolução Portuguesa, a imagem fica como uma séria advertência: o imperialismo não desarma».
Ao mesmo tempo e por Carmona, por onde, nesse Maio de 1975, jornadeavam os Cavaleiros do Norte, bem avisados andavam eles, pela voz segura e sábia do comandante Almeida e Brito: «Por aqui não tem havido problemas, mas é óbvio que vamos ter».
O que constava, por essa altura, é que Carmona era já a única capital de província ainda sem «macas». Iria tê-las, com certeza, importava estarmos preparados. E era isso que oficiais e sargentos operacionais procuravam fazer junto dos praças. Na carreira de tiro, nos patrulhamentos, nos serviços internos e externos! Também sabendo aprudentar a cada vez mais fragilizada relação com a comunidade civil, local ou europeia - que nos era hostil e nos provocava e desafiava.
O sacrifício do efectivo era evidente, mas felizmente seguro e disciplinado. Maus tempos se avizinhavam!
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