quarta-feira, 21 de maio de 2014

2 036 - Terror em Angola e precauções em Carmona

Rocha, Pedrosa, Machado, Lino e Cruz, Cavaleiros do Norte no jardim da
 piscina de Carmona (1975). Notícia do  Diário de Lisboa de faz hoje 40 anos


O Diário de Lisboa de 21 de Maio de 1975 titulava na primeira página: «Terror em Angola».
E escrevia: «Esta impressionante sequência fotográfica fala por si: corpos de vítimas dos últimos massacres de Luanda são removidos da via pública, onde os prostrou o tiroteio generalizado. Na altura em que se avizinha a cimeira entre os três movimentos de libertação, pesada de um contencioso cujo desfecho interessa sobremaneira aos próprios destinos da Revolução Portuguesa, a imagem fica como uma séria advertência: o imperialismo não desarma».
Ao mesmo tempo e por Carmona, por onde,   nesse Maio de 1975, jornadeavam os Cavaleiros do Norte, bem avisados andavam eles, pela voz segura e sábia do comandante Almeida e Brito: «Por aqui não tem havido problemas, mas é óbvio que vamos ter».
O que constava, por essa altura, é que Carmona era já a única capital de província ainda sem «macas». Iria tê-las, com certeza, importava estarmos preparados. E era isso que oficiais e sargentos operacionais procuravam fazer junto dos praças. Na carreira de tiro, nos patrulhamentos, nos serviços internos e externos! Também sabendo aprudentar a cada vez mais fragilizada relação com a comunidade civil, local ou europeia - que nos era hostil e nos provocava e desafiava.
O sacrifício do efectivo era evidente, mas felizmente seguro e disciplinado. Maus tempos se avizinhavam!


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