Localidades por onde jornadearam os Cavaleiros do Norte
(mapa de cima). Notícia do Diário de Lisboa de faz hoje 40 anos
Há 40 anos, a já muito poucos dias do embarque para Angola - marcado para 27 de Maio de 1974! - e, entre as muito poucas despedidas que fui fazendo (só mesmo a gente muito próxima e nem toda!), ia tentando saber o que se passava em Angola.
A velocidade de comunicação nada tinha a ver com a de hoje e só a leitura do jornais nos dava alguma ideia. Há 40 anos, hoje se fazem, o Diário de Lisboa titulava que «Mobutu e Kaunda discutem com Holden o futuro de Angola».
Mobutu era presidente do Zaire e da Organização de Unidade Africana (OUA), para além disso cunhado de Holden Roberto, o líder da FNLA. O encontro seria em Lusaka e, pelo que leio no DL, acreditava-se que seria possível «persuadir os movimentos de guerrilheiros da África Portuguesa a apresentaram ao Governo de Lisboa uma frente única mais unida, quando se efectuarem conversações, que se espera conduzam à independência». A de Angola e a de Moçambique.
A Luanda, ido de Lourenço Marques, voltava Almeida Santos. «Tanto Moçambique como Angola merecem a paz», disse o ministro da Coordenação Inter-Territorial.
Um ano depois, já em Maio de 1975, o MPLA reforçou o pedido da UNTA (ver post de ontem) e insistia na demissão do Alto-Comissário Silva Cardoso. Por Carmona, os Cavaleiros do Norte continuavam a sua dificílima missão de garantir a segurança de pessoas e bens, na cidade e na província do Uíge. «Manteve-se permanente patrulhamento nos centros urbanos e nos itinerários, especialmente em Carmona, considerada a área mais fulcral do distrito», refere o Livro da Unidade - que citamos.
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