Aeroporto, a última imagem de Carmona, a 3 de Agosto de 1975.
Em baixo, o Grafanil, o últimoe espaço dos Cavaleiros do Norte, em Angola
A 3 de Agosto de 1975, dissemos adeus a Carmona. Saímos do BC12, e viaturas militares, para o aeroporto e, em duas levas de um DC6 e dois Nordatlas , a CCS e a 1ª. CCAV. voaram para Luanda, onde entrámos pela Base Aérea e, daí, para o Grafanil.
O destino foi para o aquartelamento que tinha sido do Batalhão de Intendência, que encontrámos em péssimo estado: sujo e abandalhado. Já passava do meio dia e, quando a almoço, cada uma que se arranjasse. Alguém se lembrou de irmos à Messe de Sargentos e lá fomos, na avenida dos Combatentes - recebidos com indiferença e até desdém.
Um sargento de meia idade, de bigode arrufiado, autoritário, interrogou-nos: «São vocês os Cavaleiros do Norte?». Que éramos, sim senhor!!! Pois fomos apelidados de tropa fascista, colonialista e outros istas de pouca bondade para a nossa honra. Já éramos o último batalhão com formação militar pré-25 de Abril, o que não caía bem na apreciação das NT que (des)guarneciam Luanda.
Almoçados e voltados ao Grafanil, ajudando os praças na acomodação nas precárias instalações do Batalhão de Intendência, fomos - eu, o Monteiro e o Neto, por ideia deste -, até Viana, já no fim da tarde, onde a sorte nos benzeu. Encontrámos o conterrâneo Gilberto Marques (civil), que nos cedeu a casa de Manuel Cruz, outro conterrâneo, já regressado a Portugal. Foi nossa até 7 de Setembro desse 1975.
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