terça-feira, 5 de agosto de 2014

2 234 - Daniel Chipenda ajudou, na passagem pelo Negage

Negage, o quartel (em cima). Daniel Chipenda, a 4 de Agosto de 1975, ajudou a 
desbloquear a saída dos civis que se queriam integrar na coluna dos Cavaleiros do Norte



A coluna terrestre dos Cavaleiros do Norte, apopeica e mui dramática, lá seguiu em bolandas e ameaças, ora da FNLA, ora do MPLA. A 4 de Agosto, ontem se fizeram 39 anos, «passou o controlo da FNLA de Candombe», pouco depois de Carmona, já com 210 viaturas e em cerca de meia hora.
O «cerrado nevoeiro» da madrugada fez com que, por volta das 7,30 horas, se desse um acidente», o que originou que «fossem abandonadas na estrada duas viaturas médias e fosse rebocada e abandonada, no Negage, uma viatura pesada». Já no Negage (ver post de ontem), «toda a cidade estava pejada de viaturas» e, relata o LU, «a FNLA, em peso, proibia a sua sua saída, excepção feita às viaturas privadas da coluna militar».
As negociações «foram improfíquas» e, como narra o livro da Unidade, «tentadas plataformas várias, bateu-se sempre em falso».
O LU refere que «começou a odisseia dos civis, sentindo-se abandonados e entregues à sorte do querer da FNLA, convencidos de que as NT as abandonariam».
Não abandonaram.
O LU faz lembrar que «assim não sucedeu» e dá conta que «procurou-se uma última solução». Efectivamente, às 16 horas de 4 de Agosto de 1975 e após uma reunião com Daniel Chipenda - que era secretário-geral adjunto da FNLA e estava por Carmona, «obteve-se permissão para o trânsito da quase totalidade dos civis».
«Foi o renascer da esperança para essa gente, foi o acreditar na missão das NT. Efectivamente, não fôra tal determinação e todos ficariam. Assim, só uma  pequena parte dos camionistas não conseguiu resolver o seu problema», conta o Livro da Unidade.  A coluna passou a ter as tais mais de 700 viaturas.

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