sábado, 9 de agosto de 2014

2 238 - Cavaleiros no Grafanil e FNLA fora de Luanda


Baía de Luanda, nos tempos da colonização portuguesa, vista do alto da fortaleza 
(em cima). Em baixo, recorte do Diário de Lisboa de 7 de Agosto de 1975

A chegada dos Cavaleiros do Norte a Luanda, depois da epopeica retirada de Carmona, foi alvo de reportagem em directo da BBC (televisão inglesa), como já aqui reportámos, e também da imprensa portuguesa, nomeadamente do Diário de Lisboa.
A edição de 7 de Agosto de 1975 (ver a imagem), noticiava que «elementos que retiraram de Carmona (...), integrados numa coluna militar portuguesa (...), deram conta de grande recontros ao longo da estrada que de Luanda a Malanje se dirige a Negage e Carmona, principais centros militares da FNLA», nomeadamente «os combates pelo domínio de Lucala».
O mesmo dia 7 de Agosto de 1975, foi tempo para o MPLA expulsar, de Luanda, 3000 militantes da FNLA. «Foram neutralizados e evacuados», noticiava a Reuters, citando Iko Carreira, dirigente do partido de Agostinho Neto. Iko Carreira estava em Brazaville e explicava que «tinham sido introduzidos na capital em Luanda, com o objectivo de ocuparem o poder. pela força, iniciando essa operação com o domínio de pontos estratégicos».
«A tomada eventual da capital, por soldados da FNLA - sublinhava Iko Carreira -, não se registará, porque vamos opor ao invasor a resistência popular generalizada».
Era nesta Luanda que os Cavaleiros do Norte faziam o seu dia-a-dia, chegados do ferro e fogo de Carmona e Uíge.
Iko Carreira, em Brazaville, dava conta que «foram invadidos por forças da FNLA». Invadidas, não direi. Já estavam «ocupadas» desde os primeiros dias de Junho, quando expulsaram o MPLA.

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