Fortaleza de S. Miguel e baía e cidade de Luanda (em cima). Em baixo,
Alfredo Coelho (Buraquinho) no Quitexe. Ao fundo, vê-se a messe e bar dos sargentos
Alfredo Coelho (Buraquinho) no Quitexe. Ao fundo, vê-se a messe e bar dos sargentos
Era na encosta, para o lado da Corimba, no chamado bairro do Saneamento (se estou bem lembrado), que se situavam as residências da maior parte dos membros do Governo de Angola.
«Era assim, fossem eles do MPLA, da FNLA ou da UNITA», diz o Buraquinho, que por lá esteve a fazer de enfermeiro - ele que era analista de águas - e, segundo o seu testemunho, «para o que desse e viesse».
«Nessa altura, havia saques de vivendas, até o ar condicionado era roubado», recorda o Buraquinho, dando conta que «quando estávamos para ir embora da Fortaleza, apareceu a polícia militar do MPLA, em motas e com a bandeira deles em bandoleira, a querer interrogar-nos».
«Foi-lhes dito, já não me lembro por quem, mas deveria ter sido o alferes miliciano, que quem ali mandava era a tropa portuguesa e para se retirarem o mais depressa possível», narra o Buraquinho, acrescentando que «eles acataram as ordens e foram-se embora».
Concluiu o Buraquinho que o incidente terá ocorrido por volta das 22 horas e que «graças a Deus, tudo correu bem».
Sem comentários:
Enviar um comentário