O governo fora formado nos termos do Acordo do Alvor mas deixara de funcionar desde o princípio do mês. Apenas os ministros do MPLA se mantinham em funções. MPLA que contestou, mas de nada valeu. A data é coincidente com a notícia, chegada de Lisboa, de que o 1º. Ministro Vasco Gonçalves se demitiria (como queriam os americanos) mas que se manteria em funções até à posse do almirante Pinheiro de Azevedo.
Em Luanda, com (alguns) Cavaleiros do Norte a fecharem caixotes para enviar para Lisboa, no Niassa, soube-se que as tripulações deste navio e do Cunene, do Porto Amélia, do Amarante e do Braga, navios da Companhia Nacional de Navegação - iriam entrar de greve por cinco dias, instigados pelo MPLA.
O Niassa, recordemos, era o navio em que viajariam os Cavaleiros do Norte - alguns dos 1200 militares que nele deviam voltar a Lisboa, para o efeito fretado. Hoje, sabemos que foi por isso que, de navio, passámos a viajar de avião. Sorte nossa.
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