Cavaleiros do Norte do PELREC. Francisco e Madaleno (à esquerda). De bigode, à frente, o Silvestre, depois o Aurélio Barbeiro (abaixado), o Florêncio (de bigode), Messejana, Soares e Vicente (ambos de bigode). Atrás destes, de cerveja na mão, o Alberto Ferreira. Aqui à frente, o alferes Garcia e o Armindo Gomes (a rir). O António (com boina no ombro), o Dionísio, dois desconhecidos e o Leal (boina no ombro). Atrás dele, o Almeida. E os três da direita, lá atrás? Em baixo, Viegas na ilha de Luanda, há 40 anos e alguns dias
A 30 de Setembro de 1974, cheguei ao Quitexe, ido de Luanda (foto) e depois de ter andado a laurear o queijo por Angola, sentindo-lhe os cheiros e os sentidos e almofadando abraços ao mar de amigos e familiares que por lá, de Luanda ao Huambo, Silva Porto e Gabela, faziam pela vida. Foi há 40 anos, hoje se passam!!
Notícias, havia, e frescas. E menos boas: «O IN realizou uma acção ofensiva na área do Liberato, ao atacar madeireiros», leio agora, no Livro da Unidade. Não era a melhor recepção, até porque também tinha havido uma flagelação a uma viatura da JAEA, na Quinta das Arcas.
Há 39, já por esta aldeia das minhas primeiras fraldas e chegado da jornada angolana há menos de um mês, fazia vésperas para retomar o meu trabalho profissional, na Grésil (onde por 16 anos fui quadro) e procurava notícias de Angola. Não era as melhores: a FNLA mantinha-se no Caxito, não se conhecia avanço do MPLA para o Uíge mas era seguro que não desfazia armas para manter a sua supremacia territorial.
Campala, neste dia de 1975, foi cada para a cimeira dos três partidos, a que falou o MPLA. A própria FNLA, a horas da abertura, não tinha confirmada presença; só a UNITA de Savimbi já estava na cidade ugandesa. para além da delegação portuguesa: tenente-coronel Costa Braz,, capitão Rui Castro Guimarães e João Teixeira da Mota. País participantes eram Argélia, Burundi, Gana, Alto Volta, Quénia e Lesotho, Marrocos, Nigéria, Somália e Uganda. Formavam a Comissão Conciliadora para Angola.
Ao Algarve, chegavam dez das 18 traineiras que, a 4 de Setembro, tinham saído de Luanda, rumo à Europa e a fugir dos dramas da guerra. Fundearam em Vilamoura e Olhão e as restantes navegavam entre Dakar (Senegal) e o Algarve. Em apoio, foram a fragata Pereira da Silva e a corveta Honório Barreto.
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