sábado, 18 de outubro de 2014

2 909 - O amor de um cavaleiro acasamentado em Luanda

Carlos Silva, em Luanda, mai-la sua mais que tudo, de boda acasamentada, 
faz hoje 39 anos (em cima). Notícia do não avanço do MPLA sobre Luanda




O amor de um Cavaleiro do Norte levou-o ao altar, para dizer sim a um amor que ainda hoje dura, para a perdura: casou-se o alferes miliciano Carlos Silva em Luanda, aonde voltou a 26 de Setembro, duas semanas depois da chegada casa. Não perdeu tempo, depois do final da comissão. Casou a 18 de Outubro de 1975, hoje se completam 39 anos.
«O meu coração tinha ficado em Luanda e a minha partida já não tinha sido fácil, com tanta confusão que por lá havia, a nível de guerra/guerrilha, por Luanda. Não foi fácil, mas já fazia contas ao regresso, o que aconteceu logo após passagem à disponibilidade», contou Carlos Silva.
Casou e bem... casado, com um amor aprofundado, que hoje continua mergulhado em paixão.
O dia foi de sábado e se as bençãos de Deus iluminaram o jovem casal, por Luanda expectava-se sobre a eventual chegada de Holden Roberto. Mas, releio no Diário de Lisboa, citando o MPLA, «a notícia alarmista» fora divulgada em Kinshasa «por um tal senhor Bernard Woth, um perigoso reaccionário que, sendo enviado da France Press a Luanda, foi há cerca de um mês convidado a sair daqui, por motivo das notícias tendenciosas que enviava de Luanda».
O MPLA desmentia o avanço da FNLA sobre Luanda e, quanto ao Uíge, a imprensa deste dia de há 39 anos dava conta que «registaram-se nas últimas semanas, acções das forças invasoras vindas do Zaire», pela zona de Cangola. Forças que, aquarteladas em Caiongo, «mataram e saquearam a população de Quinguzu, tendo morto 30 elementos do povo e aprisionada 20 mulheres, depois de terem enforcado os maridos».
Uma outra força da FNLA´s, perto de Camabatela (uma das vilas vizinhas do Quitexe), «caiu sob fogo  intenso das FAPLA, tiveram 8 baixas e deixaram no terreno o seu equipamento militar».
A FNLA continuava a dominar no Caxito e Libongos e tinha «progredido até Úcua e Piri» - localidades por onde andaram os Cavaleiros do Norte. Mas «o MPLA controlava Cage, Mukundo, Santa Eulália, etc., a norte do Dange». Era o caminho para Vista Alegre, Aldeia Viçosa, Quitexe e Carmona.

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