Luanda, em Janeiro de 2015. A baía, vista da fortaleza (foto de Carlos Ferreira). Em baixo,
notícia do Diário de Lisboa, de há 40 anos, sobre a independência de Angola
O Carlos Ferreira foi 1º. cabo mecânico de armamento ligeiro, jornadeou por Zalala, Vista Alegre e Songo, depois Luanda, e agora faz vida em Moçambique. Foi a Angola neste final/começo de ano (já lá tinha estado em 2012) e fotografou o que viu. Por exemplo, a baía de Luanda, como a magnífica imagem que acima mostramos.
Há 40 anos, era segunda-feira (dia 13 de Janeiro de 1975) e sabiam-se notícias (que tardiamente chegavam ao Quitexe) da evolução da Cimeira do Alvor, através de um comunicado oficial, sublinhando terem-se «alcançado progressos substanciais, tendo-se atingido acordo quanto a pontos fundamentais, nomeadamente no que se refere ao estabelecimento de estruturas governamentais de Angola». E, imagine-se, reportava o DL, para «uma solução mais rápida do que aquela prevista ainda esta manhã».
O Presidente Costa Gomes confirmara, na véspera, que a independência ocorreria ainda nesse ano - o de 1975 - «tendo sido indicada uma data segura», o dia 11 de Novembro. Que se viria confirmar.
Os movimentos (os presidentes na imagem, ao lado) defendiam a saída da tropa portuguesa até 4 meses antes, enquanto Lisboa preconizava que ficasse ate ao dia da independência.
A proposta portuguesa, segundo o DL, era «fundamentada essencialmente na necessidade de um Governo Provisório equilibrado e susceptível de preparar o terreno para uma independência pacífica e total». Foi aceite a proposta, hoje se fazem 40 anos. Mas não viria a ser assim.
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