sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

3 002 - Pretensões colonialistas definitivamente enterradas

Melo Antunes, Rosa Coutinho, Agostinho Neto, Costa Gomes, Holden Roberto, Jonas 
Savimbi e Almeida Santos. Assinatura do Acordo do Alvor, há 40 anos. Em baixo, 
a notícia do Diário de Lisboa de 16 de Janeiro de 1975


O Acordo do Alvor foi assinado a 15 de Janeiro de 1975, ontem se completaram 40 anos. «A partir de hoje, vós e os vossos movimentos estão colocados perante um desafio duplo. É a esperança de todos os angolanos exigir que homens e partidos, apesar das diferenças sociais, filosóficas e políticas, saibam encontra soluções angolanas autênticas, baseadas na capacidade de diálogo, no espírito de cooperação e na boa vontade de servir o vosso país, que V. Exª. acabam de demonstrar»,  disse o presidente Costa Gomes, dirigindo-se a Agostinho Neto (MPLA), Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA).
Acrescentou o Presidente da República que «é o sentimento dos homens bons dos quatro cantos da terra e a observação especializada dos sociólogos mais atentos que se debruçam na experiência social angolana, como uma derradeira esperança de ver criar, no século XX, uma grande comunidade, onde o espírito vence definitivamente os convencionalismos raciais, um dos dramas da sociedade contemporânea».
Agostinho Neto, presidente do MPLA, falou em nome do seu movimento, da FNLA e da UNITA: «Aqui, as pretensões dos colonialistas, ficam definitivamente enterradas».
«Afastado o obstáculo do colonialismo, nem o povo português nem o povo angolano quererão recuar na sua transformação progressiva para uma nova definição do homem na sociedade. A dinâmica da vida só nos pode conduzir a um  destino. O destino do progresso», disse Agostinho Neto, acrescentando que «se recuarmos o processo, em Portugal ou em Angola, este importante acordo hoje selado, pelo estabelecimento das relações justas entre os nosso povos, romper-se-á, inevitavelmente»

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