quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

3 015 - Agitação e distúrbios, antes do Governo de Transição

 Grafanil nos dias de Dezembro de 2014. Foto de Carlos Ferreira (Zalala). 
O símbolo dos Cavaleiros do Norte, o BCAV. 8423


A posse do Governo de Transição de Angola estava marcada para 31 de Janeiro de 1975 e, dois dias antes, a imprensa de Luanda dava conta que «agitadores, a saldo não se sabe de quem, andam pelos subúrbios a incitar a população a fazer distúrbios».
O MPLA. a esse propósito, emitiu um comunicado a apelar aos seus militantes e simpatizantes no sentido de «denunciaram os agitadores que conseguirem identificar» e, ao mesmo tempo, aconselhando-os a «não se deixarem arrastar por manobras que só poderã desprestigiar o movimento». A UNITA, em Nova Lisboa e pela voz do presidente Jonas Savimbi, denunciava «o perigo de um contra-golpe em Portugal» e prometia «trabalhar na unidade dos movimentos de libertação para que , se alguém tentar retroceder a roda da historia de Angola, nós todos unidos não consentirmos».
A FNLA, neste mesmo dia, fazia chegar a Luanda os seus representantes no Governo de Transição, cujos  nomes não foram anunciados. Sabia-se, da parte da UNITA, que a sua delegação seria chefiada por José N´Dele, um cabindês, ex-seminarista, que fôra dos quadros da FNLA e, como dirigente da UNITA, tinha participado na Cimeira do Alvor.

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