domingo, 22 de fevereiro de 2015

3 039 - O alferes Hermida, Cavaleiro na Figueira da Foz!

Alferes Hermida (à direita), com a esposa (dra. Graciete) e (o furriel) Viegas, a 21 de 
Fevereiro de 2015, 40 anos depois de ter saído do Quitexe. Em baixo, o casal Hermida 
na noite de Natal de 1974, consoando no refeitório do Quitexe


Aos 21 dias de Fevereiro de 2015, reencontraram-se dois Cavaleiros do Norte, depois do adeus do Quitexe: o alferes Hermida e o furriel Viegas. Aí estão eles, na imagem, com a «mais-que-tudo» do nosso antigo oficial de transmissões. Há 40 anos que se não viam e selaram o reencontro com fartos abraços e muita conversa das memórias quitexanas! 
O alferes Hermida foi um dos jovens oficiais milicianos que, na nossa jornada africana do Uíge angolano, se acompanharam das suas jovens esposas. No caso, a professora Graciete, que deu aulas na escola primária da vila.
Ao Fevereiro de 1975, o alferes Hermida deixou o Quitexe, passou pelo Songo, foi parar a Luanda e seguiu para Nova Lisboa, capital do Huambo, onde conheceu (e sentiu) os perigos da metralha que lá tragicamente opôs irmãos angolanos. De lá, de onde Graciete Hermida saiu num avião, à pressa, com família de outros oficiais, viajou o jovem alferes miliciano para sítio bem pior: o Luso!
Os dias do leste angolano não foram nada fáceis para a guarnição portuguesa, lá «entalada» entre fogos de irmãos que se fizeram inimigos,  na luta pelo poder do país que nascia.

«Foram tempos muito maus, mas inesquecíveis, com coisas e coragens que só a idade permite», disse ontem, na sua casa da Figueira da Foz, embrulhando a saudade desses tempos com o gosto e a alegria do prazeroso momento do reencontro. 
Ver AQUI
- HERMIDA. José Leonel Pinto de Aragão Hermida, alferes 
miliciano de transmissões e acção psicológica. Originário de Castro 
Daire, nasceu em Coimbra e, já aposentado, vive na Figueira da Foz. 
Com formação em engenharia electrónica, foi professor de matemática e física.

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