sexta-feira, 10 de abril de 2015

3 085 - Exército Nacional de Angola e FNLA no aeroporto de Luanda

O furriel Viegas em Nova Lisboa, Abril de 1975, com as jovens familiares Fátima e Idalina, 
filhas do casal Cecília/Rafael, donos do Hotel Bimbe, em Nova Lisboa. Ele e o Cruz faziam férias e passeavam pelo centro de Angola. Em baixo, notícia do Diário de Lisboa sobre a situação angolana. Há 40 anos! 


A 10 de Abril de 1975, há precisamente 40 anos, já eu e o Cruz laureávamos o queixo por Nova Lisboa, onde principescamente fomos recebidos pela minha familiar Cecília, filha de meu padrinho Arménio, de baptismo.
Viajámos em avião da TAAG, de Luanda para a capital do Huambo, felizes por várias razões. A primeira, por irmos ao encontro de gente amiga e conhecer uma das mais belas regiões da paisagem física e social de Angola. Lá chegados, fomos de táxi até ao Hotel Bimbe, numa das principais avenidas da cidade e que era propriedade desses meus familiares. 
Lá chegámos, de surpresa, suscitando uma situação curiosa: ao ver-nos chegar, e pensando-nos novos clientes, Rafael Polido (o marido de Cecília) chamou apressadamente os serviços, para que nos recebessem. Que clientes receberam!
O mesmo dia foi tempo para os Estados Maiores do MPLA, da FNLA  e da UNITA reunirem em Luanda, confirmando «o desanuviamento que se começa a observar entre os três movimentos, após o protocolo de acordo que assinaram há dois dias, pondo termo às hostilidades». O novo organismo passou a denominar-se Forças de Prevenção e seria o princípio (mas nunca concretizado) do futuro Exército Nacional de Angola.
A FNLA dominava o aeroporto de Luanda - cuja gestão lhe tinha sido «unilateral e inexplicavelmente cedido pelo Governo de Transição», nomeadamente pelo Ministro N´gola  Kabungu, da mesma FNLA!! Mas a verdade é que N´Gola Kabandu pouca  importância ligou às críticas. 
O Forte de S. Pedro da Barra, controlado pelo movimento de Holden Roberto, transformou-se em «prisão e lugar de torturas do povo angolano, e daí partiram os prisioneiros que foram chacinados no Caxito, chacina que esteve nas origem dos protestos dos médicos da Forças Armadas Portuguesas».
Assim foi, e com mais pormenores, a vida angolana de há 40 anos!!!


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