sábado, 25 de abril de 2015

3 100 - Onde estavam os Cavaleiros do Norte no 25 de Abril?

Viegas e Cruz (ex-furriéis milicianos) e comandante Almeida e Brito em Penafiel, no 
Encontro de 1997 - a 27 de Setembro. Em baixo, capa de uma das edições de A Capital, 
jornal diário que se publicava em Lisboa, edições do dia 25 de Abril de 1974 




Os Cavaleiros do Norte, a 25 de Abril de 1974, estavam onde? Fácil!!! Em Santa Margarida, numa 5ª.-feira, no Destacamento do RC4 e em preparação operacional para a jornada africana de Angola. Por mim. lembro-me bem, acordei cedo - como era (e é) meu hábito -, fui para os balneários fazer a higiene pessoal, de rádio ligado, como era costume - um pequeniníssimo transistor a pilhas, então muito ma moda. Desfazia a barba e achei estranho que a rádio só estivesse a transmitir marchas populares. Até que, pouco depois da sete da manhã, foi (re)lido o comunicado do Movimento das Forças Armadas. Fiquei informado!!!
Fiquei informado e logo fui, alvoraçado e a correr,  acordar a malta, que ainda dormitava: «Há uma revolução em Lisboa!...».
Um ano depois, eu e o Cruz estávamos em Luanda, a queimar os últimos dias de férias!!! Em Carmona, e socorro-me do Livro da Unidade, «verificou-se a ida às urnas de todo o pessoal que o quis fazer». E, também a 25 de Abril de 1975, «em cerimónia simples mas singela, no CTC, realizou-se o içar da Bandeira Nacional com as melhores honras militares e a presença de todos os oficiais do CTC e do BCAV.».
O dia e a nossa comissão foram recordados a 27 de Setembro de 1997, em Penafiel (foto), no encontro da CCS que lá se realizou, quando Comandante Almeida e Brito lembrou o período da nossa formação operacional em Santa Margarida e a experiência da jornada africana do Uíge angolano.
«Sabe bem verificar que o tempo que estivemos no ultramar não foi perdido. E não foi perdido principalmente porque hoje. mais de 20 aos depois, aqui estamos todos juntos, o que, para mim, é fabuloso (...). Todos vocês é que fizeram com que terminássemos, todos vocês é que fizeram com que voltássemos», disse o então tenente-coronel Almeida e Brito, comandante dos Cavaleiros do Norte. Foram as últimas palavras que nos dirigiu.
O que se (não) passou nestes 41 anos, no Portugal que somos, não vem ao caso neste blogue. O que mais importa realçar é que, também os Cavaleiros do Norte foram parte do projecto que fez Portugal diferente e para melhor!
- ALMEIDA E BRITO. Carlos José Saraiva de Lima 
Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria e comandante 
do Batalhão de Cavalaria 8423. Atingiu a patente de general 
e faleceu de doença súbita, a 20 de Junho de 2003, no decorrer 
de um passeio, em Espanha. 

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