domingo, 31 de maio de 2015

3 136 - Memórias de 74/75 e mensagem do capitão Themudo


Encontro de Mortágua, quarteto de ex-furriéis milicianos: Cruz, Viegas, 
Dias e Neto. Em baixo: Amaral, Joaquim Celestino (de boné), D. Teixeira (estofador), 
Teixeira (Miguel), Alfredo Coelho (Buraquinho), Norberto Morais (furriel), Serra e Silva



Afonso Henriques (o organiza-
dor) e Carlos, dois sapadores
(foto de cima). O ex-alferes
Cruz e o sargento Eira (foto do
meio). Albino Capela (à direita)
 com filho do sargento Eira
O almoço da CCS dos Cavaleiros do Norte, em Mortágua, foi uma jornada de saudades, principalmente pelos que já partiram e não esquecemos. E por aqueles que, por uma razão ou outra, não puderam estar.  O (ex-alferes) António Albano Cruz, de improviso e no Restaurante A Roda, lembrou as virtudes de uma jornada que nos deixou mais irmãos e, simbolicamente, citou um nome, em nome de todos: «O nosso querido alferes Garcia, que era um coração generoso e um amigo de sempre, a quem sobrava coragem e bravura, as virtudes que nos ajudaram a sobreviver e sair do inferno de Carmona»
Albino Capela, que pelo Quitexe sacerdotou na Missão, lembrou o dia da partida dos Cavaleiros do Norte da vila-mártir de 1961 e que foi chão das nossas vidas entre 6 de Junho de 1974 e 2 de Fevereiro de 1975: «Vi hastear a bandeira da FNLA e compreendi que avançava a descolonização, tempo de ir embora».
Depois, a 4 de Agosto de 1975, em Carmona, quando saiu a coluna de evacuação para Luanda e, definitivamente, a província do Uíge ficou sem militares portugueses. «Fui avisado e convidado para ir convosco. Não fui e, 8 dias depois, tive de sair de avião. São cenas da História de Portugal», disse Albino Capela. Cenas que «devem ser lembradas», acrescentou o antigo missionário do Quitexe. 

Mensagem do capitão
José Diogo Themudo

O então capitão e agora coronel aposentado José Diogo da Mota e Silva Themudo (à direita, na foto, com o alferes miliciano João Machado, da 2ª. CCAV., e o capitão José Paulo Falcão) foi  2º. Comandante dos Cavaleiros do Norte, a partir de Março de 1975. 
Reside em Lisboa e, não podendo estar no Encontro de Mortágua, mandou a seguinte mensagem: 

Caros Amigos:

Com muita pena, e mais uma vez, não conseguirei estar convosco em Mortágua no próximo dia 30. Prometo começar a organizar-me para não faltar ao almoço de 2016.
Um grande abraço e as maiores felicidades para todos os "Cavaleiros"
José Diogo Themudo


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