domingo, 14 de junho de 2015

3 150 - Cavaleiros do Norte começaram actividade operacional


Cavaleiros do Norte no Quitexe. Furriéis milicianos Monteiro, Machado (a fumar) e 
Costa, com o Carlos Lages (do bar de sargentos), na fila da frente. Atrás, Rocha (de 
bigode), Fonseca (de bigode e a fumar), Bento (de bigode), Viegas (a rir), Belo (de 
bigode e óculos) e Ribeiro. Ceia de Natal de 1974



Furriel Américo Rodrigues, da 1ª. CCAV. 8423,
com alguns elementos da FNLA, em Vista
 Alegre, no ano de 1975

O 14 de Junho de 1974 foi o dia em que «começou a verdadeira vida operacional (dos Cavaleiros do Norte) na Região Militar de Angola»
O Batalhão de Cavalaria 8423, recordemos, começara a chegar a Angola no dia 30 de Maio de 1974 (a CCS) e sucederam-se as companhias operacionais - a 1ª. CCAV. 8423, de Zalala (1 de Junho), a 2ª, de Aldeia Viçosa (dia 4) e a 3ª. de Santa Isabel (a 5), todas aquarteladas no Campo Militar do Grafanil, Daqui, rodaram para as suas sedes respectivamente a 6, a 7, a 10 e a 11 de Junho de 1974.
Furriel miliciano
Victor Velez, da
1ª. CCAV. 8423

Ainda em Junho desse ano aconteceram alguns complementos. À 1ª. CCAV. 8423, por exemplo, chegou o furriel miliciano Victor Velez, atirador de Cavalaria. As três companhias operacionais receberam, cada qual, o seu Grupo de Mesclagem - grupos formados por militares do recrutamento local.
Um ano depois, a programada Cimeira de Nairobi causava algumas preocupações e o Diário de Lisboa titulava «causa ambiente tenso em Luanda». A situação decorria de «uma manifestação de europeus frente ao Palácio do Governo, em consequência da morte de um comerciante no Bairro da Cuca». O comerciante teria sido abatido por elementos da FNLA, quando telefonicamente tentava contactar o COPLAD, por causa de um assalto à sua residência. O jornal O Comércio,
Notícia do Diário de Lisboa, de 14 de Junho
de 1975, sobre os acontecimentos de Angola
de Luanda, publicou nesse dia 14 de Junho de 1975 um manifesto, referindo, nomeadamente, que o documento era de «grande importância política» e na base da palavra de ordem «Recurso à Nação». Era assinado por Joaquim Pinto de Andrade, Gentil Viana, Joaquim Baptista, Maria do Céu Reis, Adolfo Maria, Amélia Mingas, Luís Carmelino e Manuel Videira. Todos eles, referia O Comércio, «nomes conhecidos, alguns dos quais se distinguiram no seio das Revolta Activa, facção do MPLA, sobre a qual muito se tem especulado». Abordavam especialmente a próxima Cimeira de Nairobi.

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