terça-feira, 16 de junho de 2015

3 152 - Cimeira do Quénia e Forças Militares Mistas em Carmona

Forças Militares Mistas na parada do BC12, há 40 anos 



A 16 de Junho de 195, começou em Nakuru, a 150 quilómetros de Nairobi (no Quénia) a Cimeira dos três movimentos de libertação de Angola: MPLA, FNLA e UNITA: Por Carmona, faziam-se caminhos de paz, não sem alguns pequenos incidentes. E, segundo o Livro da Unidade, «apareceu, finalmente, a 1ª. Companhia das Forças Militares Mistas (1ª./FMM), integrada de elementos da FNLA e da UNITA. O MPLA, como se sabe, tinha sido forçado a abandonar a cidade, depois dos trágicos primeiros 5/6 dias de Junho.
Manuel José Friezas, auxiliar de
cozinheiro, esposa e filho
O Livro da Unidade dá igualmente conta que «conseguiram-ase os primeiros elementos para os Estados Maiores Unificados, quer do Comando Territorial de Carmona quer do BCAV. 8423, esperando-se encontrar em tais elementos uma colaboração que permita levar a bom termo o processo em curso».
Os Cavaleiros do
Atirador José Manuel Eusébio e esposa
Norte patrulhavam incessantemente a cidade, noite e dia, nomeadamente os lugares mais frequentados - pela comunidade civil e pela tropa. A ordem era evitar que os militares reagissem às muitas provocações da população, nomeadamente a europeia - que não se coibia de nos baptizar de cobardes e traidores. 
Numa das vezes, em patrulha numa rua transversal à do Comércio, um grupo do PELREC quase foi atingido por tiros disparados de um terceiro ou quarto andar. Foram momentos muito difíceis.
A cidade estava sem abastecimentos e a tropa era servida por aviões militares. O mesmo acontecia com as evacuações. Os homens do MPLA, no Caxito, impediam a sua passagem para o Norte (para Carmona), pois, e cito do Diário de Lisboa desse dia «pensam ser possível que as colunas
(de reabastecimentos) sirvam de algum modo para reabastecer forças da FNLA»: Que, como sabemos, «reinava) no Uíge.
O dia foi também tempo do 16º. voo da Fora Aérea, com desalojados de Luanda para Lisboa. Já iam em 4000! Dois dias antes, o navio Príncipe Perfeito atracou em Lisboa com «cerca de 1000 colonos de Angola (...), fugidos dos incidentes verificados». A maioria eram mulheres e crianças,


Sem comentários:

Enviar um comentário