quarta-feira, 8 de julho de 2015

3 184 - Cavaleiros de Santa Isabel no adeus ao Quitexe!

Quartel dos Cavaleiros do Norte no Quitexe, em imagem colhida do lado da capela. Daqui 
saíram os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel a 8 de Julho de 1975. Há 40 anos!!!


O furriel Viegas a registar, por escrito,
as suas notas da jornada africana do
 Uíge angolano. Que tantas recordações
têm trazido a este blogue

Aos oito dias do mês de Julho de 1975, hoje se fazem 40 anos, a 3ª. CCAV. 8423 «fez a rotação para o aquartelamento de Carmona», o BC12 - onde já estava a CCS, desde 2 de Março. «Completando-se, totalmente, a retracção do dispositivo do Uíge», como leio no Livro da Unidade.
Ao tempo, e com as escaramuças que se repetiam na cidade e nos itinerários que os Cavaleiros do Norte controlavam, vivia-se um ar de tensão permanente. Também consequente do facto de o comando do BCAV. 8423 «não ter obtido do comando do QG/RMA a solução pretendida para a melhor solução do BCAV. na cidade», onde sistematicamente era alvo dos apontados dedos da comunidade civil. 
A 1 de Julho, já tinha saído do Quitexe  um grupo de combate dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. A rotação do resto da Companhia «completou totalmente a retracção do dispositivo do Uíge». A nova situação, porém, segundo o Livro da Unidade, não se previa que resultasse em «solução para os problemas existentes, como efectivamente se veio a verificar».
Desse dia, e dos meus apontamentos pessoais, noto eu: «Vem hoje a malta de Santa Isabel, já não era sem tempo, o que nos vai da algum descanso e alguma confiança, nestes tempos em que continuamos sem saber qual é o nosso futuro próximo, qual é sequer o nosso futuro e que papel vamos ter até ao fim da nossa jornada». 
De Luanda, chegava-me correio do meu amigo Alberto Ferreira, lá cabo especialista da Força Aérea, em serviço na Base Aérea nº. 9: «Essa m... por aí está melhor, ou quê? Aqui está uma santidade. Mas é só aparente...». Adiantava-me a probabilidade de regressar a Portugal: «Com um pouco de sorte, talvez vá em Agosto. Mas não é nada de concreto», explicava. Concreto acabaria por ser, para sorte dele. «E tu, quando vens para Luanda?», perguntava-me o Alberto Ferreira, sem eu saber como responder-lhe.

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