domingo, 19 de julho de 2015

3 195 - Cavaleiros em Carmona e MPLA a cercar a FNLA em Luanda

Elementos das Forças Militares em Carmona, numa altura em que, com as NT, 
patrulhavam as ruas da cidade. Há 40 anos, os seus graduados receberam galões e 
divisas do que seria ( e não foi) o Exército Nacional de Angola




Alferes miliciano Domingos Carvalho
de Sousa, da 2ª. CCAV. 8423, que há
40 anos foi para Carmona e agora,
promotor comercial, reside nos (seus)
Marrazes de Leiria

Os acontecimentos de Luanda (que aqui sumariamente temos relatado) levaram a que, a 17 de Julho de 1974, a 2ª. CCAV. 8423 (a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz), cedesse, em dilgência, «um grupo de combate para patrulhamentos na área suburbana de Carmona». 
Era o grupo comandado pelo alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa.
Ao mesmo tempo, em Luanda, a capital, as Associações Económicas de Angola (AEA) condenaram «a vaga de incidentes nos musseques» e contestaram «a legitimidade do Governo local», por, nomeadamente e como acentuavam, «não representar as correntes políticas angolanas», e informando que iriam  mandar a Lisboa «uma delegação. em busca de soluções urgentes».
As diligências não foram bem sucedidas, tanto quanto se sabe.
Notícia do Diário de Lisboa de 19
de Julho de 1975, sobre o cerco
do MPLA à FNLA, em Luanda
Um ano depois, «registavam-se rebentamento de morteiros e intenso tiroteio junto à Fortaleza de S. Pedro da Barra», a 7 quilómetros de Luanda e onde se «acantonaram 600 militares da FNLA». A fortaleza era, leio no Diário de Lisboa desse dia, «o único ponto de Luanda que ainda se encontra em poder deste movimento» - a FNLA. E já desde há alguma dias que estava cercado por forças do MPLA.
Carmona, por essa altura e com os Cavaleiros do Norte aquartelados no BC12, assistiu, no dia 17 de Julho desse 1975 (há 40 anos!!!...), à cerimónia de «entrega de galões e divisas aos graduados da subunidade»  - a Companhia das Forças Integradas -, que iriam formar o futuro Exército Nacional de Angola. O momento, segundo o Livro da Unidade, foi aproveitado para «explorar os deveres militares e as responsabilidades dos chefes, em acção orientadora destes elementos que, embora desejando fazer algo por Angola, se sentem submergir e deixar de ver a aceitação e autoridade que se pretendeu imprimir-lhes».
Não faltavam boas intenções!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário