sábado, 8 de agosto de 2015

3 215 - Cavaleiros no Grafanil e FNLA expulsa de Luanda

Cavaleiros do Norte do PELREC: Francisco (de braços cruzados), Madaleno 
e Alberto Ferreira (de cerveja na mão). Silvestre (à frente e de bigode, frente a 
Francisco), Aurélio, o Barbeiro (de mão no queixo), Florêncio (de bigode e a 
sorrir), 1ºs. cabos Soares e Vicente (ambos de bigode). Leal (de boina no ombro e 
1º. cabo Almeida (atrás deste). À frente e à direita, alferes Garcia e Armindo Gomes, 
1º. cabo Cordeiro (de bigode e a sorrir), Dionísio (?), NN e NN. E os três de lá atrás, à direita?


Notícia do Diário de Lisboa de 8 de Agosto
de 1975, sobre a expulsão da FNLA (de
Holden Roberto) de Luanda, pelo
MPLA (de Agostinho Neto)

A chegada dos Cavaleiros do Norte ao Grafanil, nesse meio dia e quarenta e cinco de 6 de Agosto de 1975, foi vivido com farta alegria pela guarnição - que rapidamente se agrupou nas instalações do já extinto Batalhão de Intendência de Angola, entretanto desinfestado e limpo pelo grupo da viagem aérea de domingo anterior (dia 3).
«Um curto período de repouso, o arranjo de viaturas, o ocupar das novas instalações e logo o BCAV. foi chamado a actuar, dado que fica/(rá) em Luanda a cumprir missões de unidade de reserva da RMA», leio no Livro da Unidade.
Luanda onde, por esse tempo - a 8 de Agosto de 1975, hoje se fazem 40 anos -, o MPLA neutralizou e evacuou «quase 300 militantes da FNLA», que, segundo Iko Carreira (comandante do MPLA), numa conferência de imprensa em Brazavville, «tinham sido introduzidos na capital angolana como o objectivo de ocuparem, pela força, o Poder, iniciando essa operação com a ocupação de pontos estratégicos».
Desmentiu, porém, que as tropas do FNLA tivessem avançado sobre Luanda, notando, como noticiava o Diário de Lisboa, que «a tomada eventual capital não se registará, porque nós vamos opor ao invasor a resistência popular generalizada». Denunciou, por outro lado, «que as tropas da FNLA traziam na vanguarda tanques de origem estrangeira, que nunca tinham sido vistos antes». 
«São tanques que não serviram na guerra colonial, mas que esperaram pela independência»,  observou Iko Carreira.
Diário de Lisboa de 8 de Agosto de 1975: a
primeira página com a notícia da posse do V
Governo Contitucional, presidido pelo
general Vasco Gonçalves
Vasco Gonçalves, em Lisboa e nesse 8 de Agosto de 1975, tomou posse como líder do V Governo Constitucional. Incluía dois vice-primeiros ministros (professor Teixeira Ribeiro e tenente coronel Arnão Metelo) e os ministros major campos Moura Administração Interna), desembargador Rocha e Cunha (Justiça), Mário Ruivo (Negócios Estrangeiros), Henrique Oliveira e Sá (Equipamento Social e   Ambiente e interino dos Transportes e Comunicações), Domingos Lopes (Comércio Externo), Macaístas Malheiros (Comércio Interno), Quitério de Brito (Indústria e Tecnologia) e Pereira de Moura (Assuntos Sociais), Mário Murteira (Planeamento e Coordenação Económica), José Joaquim Fragoso (Finanças), Oliveira Baptista (Agricultura e Pescas), major Costa Martins (Trabalho), capitão de mar e guerra Silvano Ribeiro (Defesa), major José Emídio Silva (Educação) e capitão de fragata Correia Jesuíno (Comunicação Social).

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