quinta-feira, 10 de setembro de 2015

3 248 - Chegada da 2ª. CCAV. 8423, avanço do MPLA e leitão em Águeda

Carlos Silva (ex-alferes da 3ª. CCAV., a de Santa Isabel), Viegas (ex-furriel da CCS, a do Quitexe) e Davide Castro 
Dias (ex-comandante da 1ª. CCAV., a de Zalala), hoje, em Águeda e na festa do Leitão, fazendo memórias dos Cavaleiros do Norte
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de
Aldeia Viçosa: alferes miliciano Domingos Carvalho,
capitão José Manuel Cruz. alferes António Albano
Cruz (da CCS) e João Machado (de pé) e Jorge
Capela (em baixo) 

A 10 de Setembro de 2015, reunidos em Águeda na Festa do Leitão, três Cavaleiros do Norte saborearam o afamado pitéu (uma das sete maravilhas de Portugal!!!...) e fizeram memória da jornada africana do Uíge angolano: Davide Castro Dias (capitão miliciano e comandante da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala), o alferes miliciano Carlos Silva (da 3ª.CCAV., a de Santa Isabel) e eu mesmo (furriel miliciano Viegas). O Neto, por razões particulares, estava ausente da região e «quebrou» a tradição. Foi pena!!!
Falar da jornada que nos levou à Angola que há 40 anos estava para nascer como país é sempre emocionante e não nos «fugiu» da alma o sentimento que nos encheu nesses 15 meses de 1974 e 1975. Com o final, seguro, de missão cumprida! E com honra!!! E orgulho!!!
Há 40 anos, precisamente, embarcava em Luanda a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz.  Cá chegou no dia 11 - quando de lá partiu o último grupo de Cavaleiros do Norte, a 3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão  miliciano José Paulo Fernandes.
E por Angola?
A 10 de Setembro de 2015, o MPLA obrigou a FNLA a abandonar a Barra do Dande, na área do Caxito, e passou a controlar 12 das 16 províncias de Angola. As excepções eram o «nosso» Uíge e o Zaire (onde dominava a FNLA), Bié e Huambo (da UNITA).  
Notícia do Diário de Lisboa de 10 de
Setembro de 1975, sobre o avanço do MPLA
 para o norte de Angola
A ofensiva do MPLA na região do Caxito teria provocado à volta de 20 prisioneiros, entre eles alguns zairenses, a servir a FNLA como mercenários - segundo o MPLA, que também, anunciou a captura de material de guerra e alguns carros de combate. O MPLA, segundo o Diário de Lisboa - que temos vindo a citar - combateu com apoio de unidades motorizadas e artilharia pesada.
As forças da FNLA (o ELNA) recuaram e concentraram-se «encurraladas a norte do Caxito, entre Mabubas e Sassa», mas, segundo o DL (que citava o MPLA), «privadas de quaisquer abastecimentos». Expectava-se que por lá conseguissem estar pouco tempo.
O resto do território estava calmo, «apesar de alguns combates esporádicos, entre forças dos três movimentos».

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