segunda-feira, 12 de outubro de 2015

3 281 - Há 41 anos, vida operacional dos Cavaleiros do Norte

Grupo de militares da 1ª. CCAV. 8423,a  de Zalala, reconhecendo-se os furriéis
milicianos Plácido Queirós (assinalado a vermelho) e Eusébio Martins (a branco) - que
faleceu, vítima de doença, a 16 de Abril de 2014, em
Belmonte, sua terra natal. 

Outros, de pé e da esquerda para a direita: 1º. cabo Teixeira (1º.), 1º. cabo 
Miguel (3º.), Minguinhos (4º.) e Pedro Martins (último). Em baixo: Pataias (1º.), 
Aires, das TRMS (2º.), Salvador 4º.) e 1º. cabo Vitor Cunha (último)
Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa
Isabel: José Querido, Vitor Guedes (falecido
a 16 de Abril de 1998, de doença), António Fernandes,
Agostinho Belo (de óculos) e Ângelo Rabiço

A paragem de hostilidades entre as NT e a FNLA «em nada mudou a vida operacional que se conduzia, a qual continuou a caracterizar-se por intensa actividade de patrulhamentos, nomeadamente para a obtenção de liberdade dos itinerários», como ainda há dias lembrámos, citando o Livro da Unidade.
Há precisamente 41 anos, o que mais se expectava entre os Cavaleiros do Norte era o regresso a Portugal. Para mais, ai santa ingenuidade..., sabia-se por esses dias de Outubro que o Governo Português esteve reunido em Kinshasa, com dirigentes da FNLA e «em ordem à descolonização de Angola».
O general Fontes Pereira de Melo, chefe da delegação portuguesa, foi expressivo no final das reuniões, declarando, como agora releio no Diário de Lisboa de 12 de Outubro de 1974, que «foram estudados os caminhos para a paz e a fraternidade em Angola».
Notícia do Diário de Lisboa de
há 41 anos, sobre o processo de
 descolonização de Angola
Sabia-se também que, e continuo a citar o DL, «prosseguem os contactos com o MPLA e os movimentos, no interior de Angola, admitindo-se para breve uma reunião em Lisboa com os representantes dos partidos e movimentos angolanos, em moldes diferentes dos que foram iniciados pelo general Spínola».
Estes factos, ajudam a compreender a expectativa dos Cavaleiros do Norte que, ao tempo, se aquartelavam no Quitexe (CCS), na Fazenda de Zalala (1ª. CCAV. 8423), em Aldeia Viçosa (2ª. CCAV) e na Fazenda Santa Isabel (3ª. CCAV.) - para além da CCACç. 4145 (em Vista Alegre) e da CCAÇ. 209/21 (na Fazenda do Liberato).
A 10 de Outubro de 1975, um ano depois e com os Cavaleiros do Norte já em Portugal, chegou a Luanda uma Comissão de Conciliação da Organização de Unidade Africana (OUA), formada por 60 elementos e chefiada pelo embaixador Djoudi, secretário geral adjunto da organização.  dia da independência estava cada vez mais próximo: 11 de Novembro de 1975!

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