sábado, 14 de novembro de 2015

3 214 - Cavaleiros de Zalala aos abraços na Póvoa do Lanhoso

Cavaleiros do Norte de Zalala na Póvoa do Lanhoso: Pimenta, furriel Rodrigues, 
Famalicão, Teixeira, Barreto (furriel, de barbas), Maia, Queirós (de óculos) 
e Cunha. A meio, furriel Viegas (da CCS), esposa de Casimiro e Casimiro. De 
cócoras, Neves (Bolinhas), furriéis Mota Viana e Pinto e Carvalho

Grupo musical improvisado em quarteto animou
o encontro dos Zalalas, hoje: a esposa do
Horácio Carneiro, o Carvalho, o Pinto e o Horácio
Carneiro. Aquilo é que foi tocar e sem... ensaios!

Hoje, dia 14 de Novembro de 2015, foi tempo para um grupo de Cavaleiros do Norte de Zalala se encontrar em Geraz do Minho, nos lados de Póvoa do Lanhoso, para um abraço de festa, regado de bom humor e muitas saudades. Não foram muitos, mas foram bons.
A memória desfiou-se em mãos cheias de peripécias que fizeram mais divertida (e menos sofrida) a lembrança da epopeica jornada africana do BCAV. 8423 no chão uíjano do norte angolano. Foram horas que se passaram bem divertidas, bem comidas e bem regadas - como quem pega na história e na vida e as fazem ainda melhores e mais doces que o que na verdade foram esses tempos dos nossos 21 para 22, por 23 anos. 
Há 41, qualquer um de nós não imaginaria o bem que saberia (como soube) fazer memórias desse tempo jovem, de farda vestida, de que hoje e sempre nos orgulhamos. 
Há 41 amos, Lúcio Lara, do MPLA, garantia,
segundo notícia do Diário de Lisboa, que
«Cabinda é parte integrante de Angola»
Nesse temor e em Luanda, Lúcio Lara garantia que Cabinda seria «parte integrante de Angola» e , sobre os incidentes da capital, referia que «o MPLA não apoiaria nem de modo algum dera o seu aval à vaga de violência que se tem registado».
«O MPLA é declaradamente pela lei e pela construção Angola», disse o chefe da delegação do MPLA em Luanda, que, por outro lado, responsabilizou a Facção Chipenda, rival directa do MPLA, pelas perturbações na região Salazar/Malange, onde «grupos armados de homens com braçadeira do MPLA têm vindo a criar complicações à ordem pública».
Um ano depois, e com Angola independente desde o dia 11 de Ncvembro de 1975, a situação militar continuava estacionária em Luanda, onde desde o dia da independência «não era ouvido qualquer tiro de artilharia, proveniente da Frente Nordeste» - como noticiava o Diário de Lisboa de 14 de Novembro de 1975 - o que parecia indicar, ainda segundo o vespertino de Lisboa, que «não se registou qualquer empenhamento significativo neste sector».
Notícia do Diário de Lisboa
sobre a situação militar, a 14
de Novembro de 1975, já com
Angola independente
A sul de Luanda, notícias não confirmadas e citadas pelo DL, adiantavam que «uma coluna de mercenários, da FNLA e da UNITA atingiu o cruzamento da estrada para a barragem do Cambembe, onde se situa a estação hidro-eléctrica que abastece Luanda» - tentando avançar para o Dondo.
Carmona e todo o Uíge, o norte de Angola, é que continuavam fora dos ciclos noticiosos.


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