quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

3 232 - Movimentos em Carmona e Cavaleiros no Sector

Cavaleiros do Norte do PELREC. em Setembro de 1974: Augusto Hipólito, furriel José Monteiro, 
Joaquim Almeida (29/02/2009) e Jorge Vicente (21/01/1997). Em baixo, alferes António 
Garcia (02/11/1979), Manuel Leal (18/06/2007), furriel Francisco Neto e Aurélio Júnior (Barbeiro). 
Almeida, Vicente, Garcia e Leal já faleceram, nas datas indicadas

Comandante Almeida e Brito e capitão
José Paulo Falcão no encontro de Águeda, a
9 de Setembro de 1995 - 20 anos depois do
regresso de Angola dos Cavaleiros do Norte

O comandante interino do BCAV. 8423, capitão José Paulo Falcão, esteve no Comando do Sector do Uíge (CSU), em Carmona, a 2 de Dezembro de 1974. Substituía o tenente-coronel Almeida e Brito, o comandante efectivo - ao tempo em Lisboa, em gozo de férias.
O objectivo era, segundo o Livro da Unidade, «estreitar contactos entre comandos, necessários mais do que nunca, dada a constante evolução dos acontecimentos». Por essa altura, já os movimentos emancipalistas tinham aberto delegações em Carmona, procurando, segundo o Livro da Unidade, «ir estendendo a sua acção ao interior de Angola».
De Lisboa e da Voz do Operário, chegaram notícias, através do Diário de Lisboa, da comemoração, na véspera, do Dia do Pioneiro do MPLA, sendo lida a ordem de serviço nº. 13/69 deste movimento, historiando a morte de Augusto Ngangula, de 12 anos, quando a 1 de Dezembro de 1968, ia a caminho de uma escola do MPLA e «foi descoberto por soldados portugueses que o tentaram forçar, com ameaças de morte, a indicar-lhes não só a sua escola mas também a localização de uma das bases do MPLA». Preferiu morrer, a tal revelar. 
Notícia do Diário de Lisboa
sobre o Dia do Pioneiro do MPLA,
a 1 de Dezembro de 1974
Segundo a referida ordem de serviço do MPLA, «foi torturado até à morte» e a sua «coragem e firmeza» foram apontadas como «exemplo a seguir por todos os pioneiros angolanos, jovens, mulheres, homens e velhos».
Ainda por Lisboa, em pleno Processo Revolucionário em Curso (PREC) sabia-se do plenário dos oficiais da Marinha (de apoio ao reforço da unidade do MFA) e de falsas ameaças de bombas em dois aviões Jumbos da TAP. Um, voava para Lourenço Marques e o outro para Luanda, acabando ambos por aterrar de emergência em Las Palmas - se que se confirmasse a existência de bombas.
As denúncias tinham sido feitas, sob anonimato, para o aeroporto de Lisboa.

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