quarta-feira, 13 de abril de 2016

3 365 - Incidentes FNLA/MPLA em Carmona, turismo em Nova Lisboa!!!

O furriel Viegas com o casal Rafael Polido/Cecília Neves na Barragem do 
Cuando, a 20 quilómetros de Nova Lisboa e há precisamente 41 anos. 
Repare-se no jovem pescador do lado direito


O PELREC em festa (e eu de férias por Nova Lisboa). Reconhecem-se, da
esquerda para a direita e seguidos: Jorge Vicente (1º. cabo, falecido a
21/01/1997). Francisco, Almeida (1º. cabo, falecido a 28/02/2009), Florêncio,
Alberto Ferreira, João Pinto e... (...). Da direita para a esquerda, alferes
Garcia (falecido a 02/11/1979), Leal (f. a 18/06/2007), Messejana (f. a
27/11/2009), Hipólito«, Soares (1º. cabo) e... (...) ao fundo o alferes Ribeiro
O dia 13 de Abril de 1975, por Nova Lisboa e depois do serviço de almoços do Hotel Bimbe, fomos de passeio até à Barragem do Cuando, a uns 20 quilómetros da cidade e no rio do mesmo nome, afluente do Cunene. Já ao tempo era atracção turística e chamava a atenção para a sede da Missão da Congregação do Espírito Santo, cuja construção ainda decorria.
O trio familiar frente à Missão da Congregação do
Espírito Santo, no Cuando, então em construção (em Abril
de 1975), a 20 kms. de Nova Lisboa (agora, Huambo)
Era domingo, dia de muitos passeios e de muita gente em lazer, e de lá laureámos por outras bandas turísticas da região, passando rápida a tarde e ganha a pressa em voltar à cidade e ao hotel, para o serviço de jantares. 
A noite desse domingo foi, quero crer (e se a memória acerta), o tempo em que eu e o Cruz nos achámos em farta ceia de marisco, no bar do Orlando Rino - meu conterrâneo do bairro de Santo António e muito perto da Escola de Aplicação Militar (EAM) de Nova Lisboa. Marisco regado a bom vinho branco fresco, muito fresco..., nada de cervejas... - o que nos surpreendeu o paladar. E agradou. 
Estando lá os sogros de Orlando Rino (o casal Figueiredo, também conterrâneo), fui alvo de uma bateria de perguntas sobre as gentes e a realidade da nossa terra comum - que eu tinha deixado há menos de um ano e eles há já largos tempos.
Andávamos nós a turistar pela capital do Huambo e Carmona, nesse mesmo domingo, foi palco de incidentes de alguma gravidade, que implicaram a pronta intervenção de uma força das NT, comandada pelo alferes Meneses Alves, da 2ª. CCAV. 8423. Aconteceu, o quê? Uma «manifestação não autorizada» que resultou, segundo o Livro da Unidade, em «confrontos entre elementos de dois movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via pública»
Os movimentos eram a FNLA e o MPLA (da UNITA, por lá, mal se ouvia falar...) e o grupo de combate comandado pelo alferes Meneses Alves «actuou de forma rápida, decidida e enérgica, não deixando dúvidas quando à determinação do pequeno núcleo de tropas que comandava».
O (ex-alferes) Meneses Alves faleceu
a 15 de Maio de 2013, em Leiria
A acção foi concluída com «a detenção de dois dos elementos em confronto», tendo, por outro lado e como consequência material, «ainda e de imediato ter feito abortar a referida manifestação», como reporta o Livro da Unidade. 
O incidente era do tipo dos que por lá (por Carmona) frequentemente se repetiam e punham em perigo a segurança e a vida das pessoas. Muitas vezes (quase sempre) eram evitados, ou abortados, pela pronta e sempre destemida intervenção dos Cavaleiros do Norte que, 24 sobre 24 horas, patrulhavam a cidade - muitas vezes, mesmo muitas vezes sob o olhar desdenhoso e acusador dos que, os quem protegiam.
Manuel Meneses Alves, o alferes miliciano atirador de Cavalaria, de Leiria e ao tempo colocado na 2ª. CCAV. 8423, viria a ser louvado pela acção, com publicação de tal louvor na Ordem de Serviço nº. 90 do Batalhão de Cavalaria 8423. De regresso a Portugal, foi empresário de sucesso em Leiria, no sector da alimentação, e faleceu, vítima de doença, a 15 de Maio de 2013.
- A morte do (ex-alferes 
miliciano) Meneses.
Ver AQUI

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